20 novembro, 2011

EcoNatal

A Câmara Municipal do Fundão vai realizar mais uma edição do EcoNatal - Mercado Sustentável, nos dias 3 e 4 de Dezembro na Moagem, e conta desta vez com um longo programa de actividades...

Eu também lá vou estar com um workshop de yoga para crianças...vão até lá!!



04 novembro, 2011

Um nome...o meu espiritual...



Fui abênçoada a viver como Sukh Raj Kaur,  que significa (mantenho o original em inglês):

"... the Princess/Lioness of the divine flow of peace.

Sukh means peace. Raj means divine flow. Kaur is a name that all women receive - the Princess/Lioness of God who walks with grace and strength throughout her life. Yogi Bhajan taught that every woman has the potential to attain this divine state and encouraged all to manifest it.
The name Sukh Raj Kaur means that you are attuned to the divine flow of peace, and can share that peace with the grace and courage of your Lioness nature. "


O poder do Nome Espiritual, é tal que cada vez que o dizemos ou escutamos, mais ele permeia sobre o nosso ser...e ao estar experienciando cada vez mais o Nadth (som interior), estará trazendo harmonia para o nosso destino.

Pode saber mais aqui.

Sat Nam!
Sukh Raj Kaur

02 novembro, 2011

Um novo desafio...Curso de Formação de Professora de Kundalini Yoga

Comecei este fim de semana mais uma etapa, mais um desafio, mais um passo neste encontro comigo mesma.... e que bom foi descobrir, descobrir-me...




A Kundalini Yoga é denominada Yoga da Consciência, suas práticas são dinâmicas, energizantes e objetivas. Fortalece, alonga, relaxa a musculatura e todo metabolismo. Aumenta a capacidade respiratória e o nível de vitalidade física e psíquica. Estimula a harmonia dos sistemas nervoso e glandular, sincronizando-os com a rede de meridianos, chakras e corpos energéticos. Propõe ainda um profundo mergulho na Meditação.

13 outubro, 2011

Yoga para Crianças no ATL...

Estou de volta sim...e estão aí as primeiras novidades!!!!

A partir da próxima semana o Yoga entrará pela primeira vez nos ATL do Fundão!!!

Estarei a dar aulas na ADCRAJ (Aldeia de Joanes), segundas-feiras (18h) e no CACFF (Pavilhão Multisusos), quartas-feiras (18h)!

Durante o mês de Outubro as aulas serão abertas e gratuitas para todas as crianças que queiram experimentar e sentir a magia do yoga e para todos os pais e mães que queiram assegurar-se de dar as melhores "ferramentas" para o desenvolvimento fisico, mental e espiritual aos seus/suas filhos/as...


10 outubro, 2011

Passo a passo... a caminho de um sonho!

Porque às vezes (ou sempre) o universo nos dá, assim quando menos esperamos, um "empurrão" rumo aos nossos sonhos...


Espaço e ser de luz

Porque os sonhos se transformam, quando tudo está em sintonia, em ideias, as ideias em projectos e os projectos em obra...

Passo a passo, com o empenho de todos, está a surgir o Espaço Encolar... um "abrigo" para encolar e acolher amigos/as, yoga, terapias holisticas, crescimento e desenvolvimento nosso e de quem connosco quiser partilhar vida...



Todos "dão colo" ao projecto






A paisagem que nos embala
O meu atelier...


Criando...


15 setembro, 2011

Reiki para Crianças...RCB sempre atenta!

No Fundão, o workshop de reiki para crianças do passado dia 10, também foi noticia na "nossa" sempre atenta RCB...


REIKI PARA CRIANÇAS

Jornalista Paula Charro

No Fundão, pela primeira vez , crianças com mais de seis anos tiveram a oportunidade de aprender Reiki. A iniciação decorreu nas instalações da Academia Sénior do Fundão e teve como objectivo permitir que os mais pequenos tenham desde muito cedo ensinamentos que evitem a dor na idade adulta. (OUVIR NOTÍCIA)

06 setembro, 2011

Iniciação ao Reiki para Crianças

Aí está...
Reiki para Crianças - Iniciação, no Fundão, este sábado (dia 10), às 10h nas instalações da Academia Sénior do Fundão (Pavilhão Multiusos)!!!
Uma iniciativa a não perder....MESMO!!
Vamos dar este mimo aos nossos/as filhos/as, que os/as ajudará a re/começar este ano lectivo sabendo como utilizar a sua energia....



Mais informações aqui!

05 setembro, 2011

Regresso...

Estamos de volta...

Vamos recomeçar as aulas de yoga, e que saudades de todos os meus bebés..

Mas vamos começar muito mais...avizinham-se novos projectos, ideias, momentos cheios de magia, partilhas e vivências...
Este vai ser um GRANDE ano...para mim e para todos nós!!!!

BOM ANO NOVO!!!

01 agosto, 2011

Tempo de pausa...



Tempo de pausa....
Tempo que convida a parar, abrandar, reflectir e construir novas ideias e projectos...
Voltamos em breve, para mais momentos, para mais mimos, para nos "encolarmos" a nós próprios e aos outros...
Até já!

Namasté!

13 julho, 2011

Bienal Saúde e Bem Estar.... foi assim!

A Bienal foi local de passagem, encontro, permanência, espaço para sentir, viver, reflectir... foi um encontro de novidades, curiosidades, descobertas...

Em jeito de balanço, embora a importância esta iniciativa não se possa nem se deva traduzir em números, aqui ficam alguns para "mais tarde recordar":
*Bancas de venda de produtos naturais e/ou associados - 10
*Mostra de serviços e/ou rastreios - 8
*Refeições naturais servidas - cerca de 150 (sem contar sumos e snacks)
*Terapeutas e/ou dinamizadores de workshops/palestras - 34
*Participantes nas actividades de grupo - cerca de 430 (224, sábado; 200, domingo)
*Consultas individuais realizadas nas diversas terapias presentes - 106
*Pessoas envolvidas nos espéctáculos - 33 (EPAI; Tuna Academia Sénior; Música ao Vivo e Danças Orientais, Walter e Iria Kovacs)
... e muitas outras dezenas de pessoas que por lá quiseram espreitar!!!!
A todos/as os que de forma directa ou indirecta alí estiveram...Muita Luz!

Para ver mais fotos clique aqui!

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26 junho, 2011

Bienal Saúde e Bem Estar, dias 9 e 10 de Julho no Fundão

Olá a todos/as


A Câmara Municipal do Fundão irá promover, nos próximos dias 9 e 10 de Julho, no espaço do Jardim e Escola das Tílias, um encontro a que deu o nome de Bienal Saúde e Bem Estar, cujo objectivo principal será dar a experimentar uma série de workshops, palestras, actividades, terapias e rastreios, diferentes e inovadores, que lhes proporcionem momentos de verdadeiro bem estar e que possam levar a repensar a forma de estar e sentir......

Durante estes dois dias, irão decorrer diversas actividades direccionadas para famílias, crianças e individuos. Temos seleccionadas actividades nas áreas do yoga (para bebés, crianças, séniores, do riso), reiki, meditações, permacultura, danças bioenergéticas, musicoterapia, actividades físicas, defesa pessoal, e muito mais....

A par com os diversos workshops e palestras teremos terapias individuais, rastreios de saúde, animação, espectáculos e um bar permanente que servirá refeições saudáveis.

A iniciativa conta com o apoio de diversas organizações/entidades/empresas e com a preciosa ajuda, na sua organização, do Moinho do Maneio, Ananda Marga e Inner Beauty Day Spa.

Pela inovação e pertinencia desta iniciativa que, desejamos, possa despertar a apetência por estilos e práticas de vida cada vez mais saúdáveis, contamos com todos/as na divulgação e participação.

Façam "Gosto" na página da Bienal Saúde e Bem Estar, e mantenham-se a par de todas as novidades e do programa completo que será divulgado em breve...
http://www.facebook.com/pages/Bienal-Sa%C3%BAde-e-Bem-Estar/232151543471440

25 junho, 2011

Coisas importantes que o seu filho não faz enquanto vê televisão

Um guia que todos os pais devem colar no frigorifico (ou em alternativa no ecrã da televisão...)!

O tempo que as crianças passam em frente à televisão é quase sempre mal gasto, pois não lhes oferece oportunidades de desenvolvimento e crescimento (salvaguardando um ou outro programa criteriosamente selecionado, ou seja não mais de meia hora por dia). Ver televisão é uma actividade passiva e solitária, mesmo que estejam com outras crianças ao lado. E rouba-lhes tempo para outras actividades. Pense em tudo o que o seu filho não está a fazer nas horas que passa sentado em frente ao ecrã:

Não está a ser criativo
A criatividade de uma criança é ilimitada quando lhe é dada oportunidade e liberdade para se expressar. Essa expressão tem benefícios a muitos níveis, como o bem-estar emocional e o fortalecimento da auto-estima. A razão por que existem poucos adultos criativos é que a sua criatividade foi tolhida na infância por falta de liberdade para a exercitar ou por falta de oportunidade. A televisão rouba às crianças, todos os dias, oportunidades de serem criativas.
Não está a fazer perguntas
As crianças precisam de perguntar. É assim que constroem a imagem do mundo e se constroem. As perguntas são tão ou mais importantes do que as respostas. Ouça as perguntas do seu filho e responda-lhes com honestidade. Se não sabe, procure as respostas com ele.
Não está a desenvolver a linguagem
Só se desenvolve o domínio da linguagem, conversando, ouvindo histórias, lendo. Falar e ouvir são duas faces da mesma moeda que é essencial praticar para desenvolver a capacidade de comunicar que é muito mais do que saber falar ou dominar muito vocabulário.
Não está a tomar iniciativas
Vivendo num mundo em que todas as decisões são tomadas por outros e em que todo o tempo é estruturado pelos adultos, as crianças têm poucas oportunidades de desenvolver a capacidade de tomar iniciativas. Se o pouco tempo que têm realmente livre é gasto em frente à televisão, nunca terão essa capacidade.
Não está a desenvolver a motricidade fina
A coordenação entre os olhos e os dedos é fundamental em tarefas que exigem precisão como recortar, escrever, picotar, fazer trabalhos manuais. Há brincadeiras e tarefas que estimulam esta área e que podem fazer-se em casa: vestir e despir bonecas, aprender a apertar os atacadores (em vez de optar apenas por sapatos com fechos de velcro), fazer os desafios de livros de actividades próprios para a idade, decorar um bolo...
Não está a mexer-se
É conhecida a relação entre as horas de televisão e o aumento alarmante da incidência de obesidade. As crianças precisam de se mexer mais, de preferência ao ar livre. Mas dentro de casa também há alternativas: consolas que exigem movimento, fazer um jogo da macaca no corredor com fita adesiva, saltar à corda.
Não está a interagir com outras pessoas
As competências sociais são desenvolvidas na interacção. Dê oportunidades ao seu filho, fora da escola, de conviver com outras crianças. Convidar um amigo para brincar (proibido ficarem os dois a ver TV), ir ao parque infantil, à biblioteca...
Não está a desenvolver o sentido crítico
Quando os pais são selectivos em relação à programação televisiva estão a ensinar as crianças a desenvolver o seu próprio sentido crítico. Não queira ter um filho que não pensa pela sua cabeça. Mostre-lhe que devemos ter opiniões e não aceitar tudo o que nos mostram como dado adquirido. Isto é especialmente importante quando muito do tempo que passam em frente à televisão é gasto a ver publicidade.
Fonte: Iol Mãe

16 junho, 2011

Pintar o cabelo durante a gravidez aumenta risco de leucemia para o bebé

Novo estudo revela que risco de o bebé desenvolver leucemia nos dois primeiros anos de vida aumenta duas a três vezes quando a grávida pinta o cabelo.


Um estudo realizado no Brasil revelou que as tintas para pintar o cabelo aumentam o risco de leucemia nos dois primeiros anos de vida, quando usadas pela mãe durante a gravidez.

O autor do estudo, o biólogo Arnaldo Couto, afirma que o risco é duas a três vezes superior para os bebés filhos de mães que pintaram o cabelo durante os dois primeiros trimestres da gravidez, quando comparados com aqueles cujas mães não usaram esses produtos. A leucemia atinge cerca de cinco por cento das crianças até aos dois anos.

Algumas substâncias presentes nas tintas para o cabelo são comprovadamente cancerígenas, pelo que, segundo o autor do estudo, os fabricantes deveriam ser obrigados a alertar as consumidoras para os riscos, especialmente durante a gravidez.

Os resultados foram publicados no site da Escola Nacional de Saúde Pública, onde o estudo foi realizado, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer.

Fonte: Iol Mãe

03 junho, 2011

Nasceu o D.

Hoje nasceu o D.

Ao M. e à R. a minha profunda gratidão por me terem dado a enorme honra de fazer parte desta viagem ...
Ao pequeno D., que toda a luz do amor te envolva!
Bem vindo!

16 maio, 2011

Yoga para Crianças

 Este foi mais um fim de semana de encontro com o "outro lado de mim"... dois dias intensos de formação e o sonho avança, pé-ante-pé, mas em passos firmes e seguros...
A formação de Instrutora de Yoga para Crianças está feita e as aulas experimentais estão em preparação!!! Em Setembro inicio as aulas para os mais crescidos - 3 aos 12 anos!!! E que bom vai ser...

01 maio, 2011

Mimos para as mães...o amor perfeito!

Ontem na aula de Baby Yoga os nossos bebés receberam um presente especial...mas para oferecerem!!! Para as suas mamãs levaram um simbolo do amor que os une e que espero, agora possam ver florescer juntos...pequenas sementes de amores perfeiros, como o amor destas fantásticas mamãs!!!
Feliz Dia a todas as mulheres/mães...

08 abril, 2011

As sessões de Baby Yoga Om na comunicação social

O Jornal do Fundão publicitou na edição de hoje as sessões de baby yoga om que irei iniciar... agradeço de coração o apoio que resultou já em diversos contactos de mamãs e bebés que vão partilhar comigo, concerteza, momentos deliciosos já este sábado...


04 abril, 2011

Não é o mesmo...

Não, não é o mesmo!!! Para quem ainda tem duvidas das diferenças entre um parto hospitalar de rotina e um parto humanizado, que também pode(ria) ser hospitalar...vejam!!!

27 março, 2011

Workshop "Facilitar o Parto" - Bem haja!

Sábado passado foi um dia cheio...de bebés e mamãs, de pais e amigos/as!!

 Bem haja a todos/as os que partilharam comigo e me permitiram ficar "cheia de mim"... (o entusiasmo foi tanto que me esqueci de tirar fotos do workshop)!!!

Agradeço também aos maravilhosos bebés que, dentro das barrigas da mamãs, me emprestaram os seus papás por quase 5 maravilhosas horas....

26 março, 2011

Sente...

Uma música, linda, que uso e abuso na preparação para o nascimento, sobretudo em vizualizações...sintam, apenas!!!

21 março, 2011

Quanto custa ter uma Doula?

Este texto é de uma querida doula . . . que tenho o enooorrrrrme prazer de conhecer pessoalmente e que é uma referencia para todas nós que ainda apalpamos terreno nestes trilhos... Não resisti a transcrevê-lo na integra e a partilhá-lo porque .... é isto! É bom que se grite bem alto a importância de proporcionarmos o melhor nascimento possível aos nossos bébes, é bom que se perceba a importância que o apoio neste momento assume, e é bom que se desmistifique de uma vez por todas a questão do "ser caro" ter uma doula e que se perceba que se trata apenas de priorizar o que se considera como mais importante...Bem haja Catrina, uma vez mais!!!

"Falava eu com a minha amiga M. que me dizia que ter uma doula é caro.

Antes de vos dizer quanto custa ter uma doula, pergunto-vos se sabem quanto custa não ter uma Doula?

Pode custar o desespero nas últimas semanas da gestação, o sentimento da falta de apoio.
Pode faltar alguém que didacticamente ajuda o casal com os medos específicos do parto.
Pode faltar alguém que lembre que o corpo de uma mulher esta feito para parir.
Pode custar uma ida precipitada à maternidade, que invariavelmente recairá numa série de intervenções - dolorosas, humilhantes e desnecessárias.
Pode faltar em trabalho de parto alguém experiente, e que possibilite ao pai estar no momento sem se preocupar tanto.
Pode faltar alguém para dar confiança.
Pode faltar alguém para ajudar na amamentação.
e podia continuar....

A doula ajuda a vencer os medos da gravidez, serve de ombro amigo, ajuda a compreender os processos próprios do parto.
A Doula diminui estatisticamente as necessidades de analgesia, fórceps e cesariana - há preço para isto?

CUSTA MENOS QUE UM CARRO DE BEBÉ DAQUELES XPTO!!!
CUSTA MENOS QUE ALGUNS BERÇOS!
TER DE COMPRAR LATAS DE LEITE ARTIFICIAL È BEM MAIS CARO QUE TER UMA DOULA!

Claro que uma mulher pode ter um parto natural sem uma doula, claro que sim!

Mas, e os pais que me perdoem, não acredito que um pai ou outro acompanhante não profissional, possa fazer esse papel... o mais normal é essa pessoa não querer que a parturiente 'sofra', ficam com pena. Não é por mal, simplesmente é a falta da segurança e experiência.

E tu, achas caro ter uma Doula?

Tiveste uma Doula no teu parto, achas que foi caro?"


Doulas: Ángeles de la maternidad from MiNuShu on Vimeo.


Fonte:Parir Paz

16 março, 2011

Workshop "Facilitar o Parto - o papel de quem acompanha a grávida"

Eu avisei... estou em força neste meu lado de mim! Feliz e a sentir-me "em casa".

Sábado, 19 de Março • 15:30 - 18:30

Inner Beauty Day Spa, Fundão



Num ambiente informal e descontraído, vamos debater as necessidades básicas da mulher em trabalho de parto.

Através de exercícios práticos serão dadas a conhecer e a experimentar técnicas de relaxamento e de massagem, que permitem o alívio não farmacológico da dor e que poderão ser aplicadas por quem irá acompanhar a grávida no momento do parto.

E como é Dia do Pai, os futuros papás ( e mamãs também) recebem um miminho!!!

Dirigido a: futuros pais e outros/as acompanhantes da grávida no parto (profissionais ou familiares)

Contribuição: 15€ / casal
                     10€/ individual

Agradecemos a inscrição através dos contactos:

Sónia Martins
Educadora Perinatal / Doula
Instrutora de Baby Yoga Om
Téc. Sup. Serviço Social
Tm: 962859664
Email: doula.soniamartins@hotmail.com

Inner Beauty Day Spa
Tm: 967165214
Email: innerbeauty.sofia@gmail.com

14 março, 2011

Yoga com Fraldas - Baby Yoga Om - Sessões "arrancam" em Abril

Depois da certificação e após a parceria firmada com selo de amizade com o fantástico espaço que é o Inner Beauty Day Spa no Fundão, as sessões de Baby Yoga Om, para bebés das 6 semanas aos 24 meses, iniciam em Abril, sábados de manhã, pelo que já se aceitam as inscrições.
Têm também a oportunidade de experimentar uma primeira sessão gratuitamente e sem qualquer espécie de compromisso....



Este sábado, dia 12.03, tivemos duas mágicas e doces sessões de demonstração com deliciosos/as bebés. às mamãs e bebés que me permitiram partilhar esta minha paixão e presenciar o vosso amor, um ENORME bem haja!!
Namasté

01 março, 2011

Indução do parto tem riscos acrescidos quando se trata do primeiro filho

Pois... mais evidências (ciêntificas) do que já é evidente há muitos anos!!!!

A indução electiva do parto é prática comum em muitos países. Uma prática com riscos para a saúde da mãe e do bebé, sobretudo quando se trata de um primeiro parto. Segundo um estudo realizado na University of Rochester Medical Center, em Nova Iorque, o parto induzido de forma programada aumenta as probabilidades de cesariana e o risco de grandes hemorragias para a mulher. Além disso, conduz a estadias mais prolongadas no hospital, após o parto.

Apesar de se ter tornado um processo rotineiro em muitas unidades de saúde, o estudo alerta para as consequências de um processo que acaba por se desenrolar de uma forma muito diferente do que é natural. Foram analisado dados de 485 mulheres que deram à luz pela primeira vez, em 2007, na maternidade do Centro Médico da Universidade de Rochester. Um terço das mulheres que aceitaram uma indução electiva acabaram por ser submetidas a cesariana. Por seu lado, no grupo das que não tiveram o parto induzido apenas um quinto acabou por precisar de uma cirurgia. OS autores do estudo lembram que a cesariana é uma grande cirugia, com riscos de infecção, complicações subsequentes e futuras cirurgias.

Para além disso, os bebés nascidos na sequência de uma indução electiva têm mais probabilidades de vir a precisar de assistência na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, nomeadamente através de suporte respiratório.

Por cada 100 mulheres que se submetem a uma indução electiva há mais 88 dias de internamento do que no grupo de mulheres que entra espontaneamente em trabalho de parto.

Quando não existem benefícios médicos para induzir o parto, é difícil justificar uma indução electiva quando são conhecidos tantos riscos acrescidos para a mãe e para o bebé, considera Christopher Glantz, professor de saúde materna que liderou o estudo. Ressalva contudo que, para as mulheres que já deram à luz anteriormente os riscos de uma indução electiva não são tão significativos.

Os resultados foram publicados na edição de Fevereiro do Journal of Reproductive Medicine.
 
Fonte: TVI24

21 fevereiro, 2011

Ácido fólico na grávida pode aumentar risco de asma no filho

Estudo do Research Council da Noruega



Altos níveis de ácido fólico nas grávidas podem aumentar o desenvolvimento de asma no bebé, de acordo com um estudo financiado pelo Research Council da Noruega que adverte, contudo, para que as grávidas não deixem de tomar os suplementos, dado que ainda é muito cedo para dizer, com certeza, que existe uma relação causal directa.


Os suplementos de ácido fólico são recomendados para garantir o desenvolvimento fetal normal e sabe-se que têm um papel importante na redução do risco de espinha bífida nos recém-nascidos.

Para o estudo, investigadores liderados por Siri Eldevik Håberg compararam os níveis de ácido fólico no sangue de quase duas mil mulheres grávidas com a incidência de asma nos seus filhos aos três anos de idade. Os resultados mostraram que quanto maior era o nível de ácido fólico no sangue da mulher, maior era o risco de a criança ter asma.

Trata-se do primeiro estudo a examinar a ligação entre o nível de ácido fólico no sangue das grávidas e a ocorrência de asma nos seus filhos. Contudo, para o estudo, os investigadores também tiveram em conta uma série de outros factores, tais como o nível educacional e o índice de massa corporal (IMC) da mãe, tabagismo durante a gravidez e se a mãe também sofria de asma.

A líder da investigação alerta, no entanto, que podem existir outros factores presentes nas mulheres com altos níveis de ácido fólico que tenham impacto sobre o risco da criança desenvolver asma. "O ácido fólico é recomendado, dado ser sabido que previne defeitos no tubo neural, como a espinha bífida. Se, no momento, a nossa investigação tem implicações para as orientações sobre os suplementos de ácido fólico, isso provavelmente resolver-se-á ajustando a dose recomendada, possivelmente limitando-a a grupos específicos de mulheres", explicou a especialista em comunicado.

Estudos anteriores realizados com ratinhos levaram os investigadores noruegueses à ideia de que o ácido fólico pode conduzir a mudanças epigenéticas, e assim afectar o funcionamento dos genes. Deste modo, na próxima fase do estudo, a equipa de Håberg vai analisar os mecanismos por trás de uma possível ligação entre o ácido fólico e a asma.

Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Baby Yoga Om

Depois de alguns dias de ausência, volto cheia de novas e boas novidades e com mais "projectos" na manga...



Após uma formação fantástisca, estou agora em certificação como instrutora de yoga para bebés dentro de poucos dias poderei iniciar as aulas com bebés até aos 18 meses... e que delicia vai ser!!!

Estejam atentos/as... os próximos dias vão trazer novidades fresquinhas e maravilhosas!!!

Namaste!!

Instrutora de Baby Yoga Om certificada por:


http://www.yogaom.pt/web/

29 janeiro, 2011

Posição da Sociedade Portuguesa de Pediatria face à notícia do jornal Público "Cientistas contrariam recomendações de leite materno"

Foi há dias publicada uma notícia no Jornal o Público com o título “Cientistas contrariam recomendações de leite materno”. Tal notícia, pelo modo como foi apresentada, poderá suscitar interpretações erradas relativamente à prática do aleitamento materno. A divulgação da notícia pelo grande público merece por parte da Direcção da SPP algumas apreciações. Umas de ordem geral relativas ao aleitamento materno e outras específicas relativas ao conteúdo do artigo em questão.

A recomendação da OMS aponta como desejável um aleitamento materno exclusivo ao longo do primeiro semestre de vida de modo a proporcionar um óptimo crescimento, desenvolvimento e estado de saúde. Essa recomendação é suportada numa revisão sistemática, publicada em 2004 e tendo em conta dados referentes ao crescimento estaturo-ponderal e do perímetro cefálico, morbilidade respiratória e gastrintestinal, eczema atópico, asma e desenvolvimento neuromotor entre outros parâmetros avaliados. Nova revisão sistemática mais recente permitiu a publicação das mesmas conclusões em 2009.

A OMS não refere que tais efeitos benéficos apenas ocorrem com a prática de aleitamento materno (AM) materno exclusivo durante os primeiros 6 meses de vida. O que a OMS refere é que o leite materno (LM) fornece potencialmente todos os nutrientes capazes de suprirem de modo adequado as necessidades do primeiro semestre de vida e que diminui a curto e longo prazo a prevalência de variada patologia.

O reconhecimento deste efeito benéfico do AM exclusivo sobre o crescimento, desenvolvimento e saúde levou a OMS a publicar recentemente novas curvas de crescimento para a infância que foram construídas com base em avaliações de populações infantis de todos os continentes, tendo como critério de inclusão no estudo, entre outros, a prática do AM exclusivo nos primeiros 4 a 6 meses de vida, dado o reconhecimento consensual de que o melhor alimento é o LM (o melhor alimento de cada espécie é nos primeiro tempos de vida o leite da própria espécie). A OMS não impôs como critério de inclusão no estudo a duração de AM exclusivo durante 6 meses. Tal meta, embora desejável, não é possível ser atingida pela maioria das populações. A mãe aumenta a sua produção de leite ao longo dos primeiros meses de vida como resposta às necessidades crescentes do lactente que evidencia nesse período a maior taxa de crescimento ocorrida em todo o ciclo de vida pediátrico. Se a mama não corresponder a essas necessidades crescentes com um aumento da produção de leite a partir de um qualquer período do 1º semestre de vida (o que pode acontecer por vários factores), então o lactente não receberá um suprimento energético (e em nutrientes) adequado e haverá, nessas situações, necessidade de complementar o LM com outro alimento (fórmula láctea ou outros alimentos, na dependência da idade do lactente). E é consensualmente aceite pelas principais Sociedades cientificas pediátricas, nomeadamente pelos Comités de Nutrição da Academia Americana de Pediatria e da Sociedade Europeia de Gastrenterologia, Hepatologia e Nutrição Pediátrica (ESPGHAN) que o LM deverá ser exclusivo nos primeiros 4 – 6 meses de vida, devendo ser complementado com outros alimentos (para além do leite) se necessário, mas nunca antes das 17 semanas de vida. Se a idade for inferior, o complemento deverá ser feito com um leite industrial especialmente adequado para aquela idade.

Todos estes procedimentos de conduta relativa à alimentação do lactente dependem de situações especificas, mas tendo sempre por base que o alimento mais desejável é leite materno que deve ser usado de modo exclusivo e se possível até aos seis meses. Só a partir desta idade é que não é possível suprir adequadamente as necessidades do lactente em macro e micronutrientes e é por isso que o início da diversificação alimentar não deve ocorrer depois das 26 semanas de vida como recomenda o Comité de Nutrição da ESPGHAN.

Um dos grandes efeitos benéficos que se associa ao LM tem que ver com o seu baixo teor proteico que não é possível manter quando se recorre a outros alimentos alternativos. É actualmente muito forte a evidência científica de que um dos factores que tem contribuído para o aumento da prevalência do sobrepeso e obesidade logo desde a 1ª infância se relaciona com o regime alimentar hiperproteico que invariavelmente ocorre logo desde os primeiros meses de vida quando o lactente não é alimentado com LM de modo exclusivo.

Valerá também a pena sublinhar que parte do efeito benéfico para a saúde atribuído ao LM se perde quando se associa outro alimento (como suplemento ao LM), já que dessa atitude resulta uma clara interferência na biodisponibilidade de nutrientes e de outros componentes, com importantes acções biológicas, presentes no leite materno.

Ainda relativamente aos benefícios para a saúde associados ao AM, são desde há muito conhecidos os efeitos benéficos a curto prazo. Mais recentemente, revisões sistemáticas e meta-análises têm mostrado também efeitos benéficos a longo prazo (idade adulta). Por exemplo, é muito forte a evidência de que o aleitamento materno diminui o risco de sobrepeso e obesidade, (actualmente um dos principais problemas de saúde pública) quer ao longo da idade pediátrica, quer mesmo na idade adulta. E é interessante verificar que esse efeito é dose-dependente, isto é, o risco de obesidade será menor quanto maior tiver sido a duração do aleitamento materno ao longo da 1ª infância. Outras revisões têm mostrado também um efeito protector a longo prazo relativamente a outras patologias, como é o caso de alguma patologia metabólica e cardiovascular.

Em resumo poderemos citar a Agency for Healthcare Research and Quality dos Estados Unidos, que tendo por base 29 revisões sistemáticas ou meta-análises reportadas a cerca de 400 estudos verificou que o aleitamento materno se associa a uma redução do risco de otite, gastrenterite não-específica, infecções severas do tracto respiratório inferior, dermatite atópica, asma, obesidade, diabetes de tipo 1 e 2, leucemia na criança e síndrome de morte súbita do lactente entre outras situações.

Relativamente ao artigo em questão, valerá a pena referir que os autores são reputados investigadores, com inúmeras publicações na área da nutrição infantil. Refira-se aliás que a sua produção científica tem mostrado inclusivamente efeitos benéficos a longo prazo para a saúde resultantes da prática do AM.

Como a primeira autora do artigo aponta, não é feita pelos autores nenhuma recomendação quanto à idade de início da diversificação alimentar, mas apenas referido que a introdução de novos alimentos pode ser feita entre os 4 e os 6 meses, mantendo o AM. Os argumentos do artigo do BMJ vão no sentido de uma introdução sistemática de novos alimentos a partir dos 4 meses, tendo em conta um maior risco de anemia e uma maior incidência de alergia alimentar e de doença celíaca associado ao aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. Sem pôr em causa os resultados de alguns estudos apontados pelos autores, a verdade é que a evidência científica actual está longe de ser suficientemente robusta para que se possa recomendar a diversificação alimentar sistemática a partir dos 4 meses de vida em todos os lactentes até então alimentados com LM exclusivo. Sublinhe-se ainda o facto de que quanto mais precoce é a introdução de novos alimentos mais rapidamente diminui a duração do AM.

Não deixa de ser curioso que a autora sugira que a recomendação de AM exclusivo por 6 meses seja defensável nos países pobres tendo em conta as elevadas taxas de morbilidade e mortalidade por infecções. Sabemos que nos países mais desfavorecidos, onde a taxa de desnutrição global nas populações é elevada, as mães não conseguem corresponder às necessidades crescentes do lactente com um aumento suficiente da produção de leite e por isso o recurso a outros alimentos ocorre em geral antes dos seis meses.

Em conclusão, julgamos que o título na notícia no Público é manifestamente infeliz, já que deixa transparecer uma posição global, dos autores do artigo, contrária ao AM, quando o que está em causa são apenas alguns aspectos específicos ligados à duração de AM exclusivo.


Assim, os lactentes devem continuar a ser alimentados de modo exclusivo com leite materno, se possível até aos 6 meses de vida. Se tal não for possível então devem receber um complemento alimentar (adequado à idade), mantendo o LM pelo menos ao longo do segundo semestre de vida, como refere a OMS.

A Direcção da SPP

Fonte: SPP

Portugal tem hospitais pouco amigos dos bebés

Poucos estabelecimentos encorajam mães ao aleitamento materno


Há 30 anos que Portugal aderiu ao Código de Ética dos substitutos do leite materno, biberões e retinas para proteger e encorajar a amamentação, mas ainda existem muitos hospitais que, nesta área, não são amigos dos bebés, denunciou uma pediatra, escreve a Lusa.


A crítica é de Leonor Levy, pediatra e especialista em aleitamento materno, que na terça-feira lança o livro «Um acto de amor», que se anuncia como um guia com «tudo o que precisa de saber para amamentar o seu bebé com sucesso».

Em declarações à Lusa, Leonor Levy esclareceu que o objetivo deste livro é um só: «Ajudar».

Para a especialista, que é membro da Comissão Nacional «Iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés», que integra o Comité Português para a Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) desde 1998, ajuda é precisamente o que as mães precisam para conseguirem alcançar o objectivo de amamentar o seu filho.

No hospital, essa ajuda passa por um ambiente amigo dos bebés, que proporcione uma mamada na primeira hora de vida das crianças e esclarecimentos para que as dificuldades sejam ultrapassadas à medida que surgem.

Já em casa, a mãe deve receber essa ajuda através de um ambiente tranquilo, para que possa dedicar-se em pleno à criança.

Existem, contudo, muitos factores externos que podem contribuir para a ideia de que o leite materno pode, ou deve, ser substituído por leites artificiais, apesar de Portugal ter aderido a um Código de Ética que proíbe este tipo de mensagens.

Em 1981, Portugal aderiu ao Código de Ética dos substitutos do leite materno, biberões e retinas, cujo objectivo é «contribuir para assegurar ao lactente uma nutrição adequada, protegendo e encorajando a amamentação e assegurando a utilização apropriada dos substitutos do leite materno».

Este Código - que contempla as condições de comercialização dos substitutos do leite materno, constitui juntamente com as normas que regulamentam os padrões de qualidade dos mesmos substitutos, um documento indissociável e foi elaborado tendo em atenção a saúde da criança é ainda, 30 anos depois violado por muitos hospitais que não são amigos dos bebés.

No seu livro, Leonor Levy recorda que «a publicidade agressiva a partir das casas produtoras de leite conseguiu atingir os seus objetivos nos anos 50 e 60, chegando-se mesmo a pedir a demonstração da supremacia do leite materno em relação ao leite de vaca», o que terá sido uma «das causas do declínio da amamentação».

Este tipo de publicidade é proibido pelo Código de Ética, proibição que «é continuamente desrespeitada».

«Basta visitar alguns hospitais onde nascem crianças para observar inúmeras referências a marcas que vendem leite artificial, biberões e tetinas» e alguns estabelecimentos oferecem às mães pacotes com brindes deste tipo.

Para a especialista, «comparar o leite de vaca com o leite materno é como equiparar o pronto a vestir e a alta costura».

Estima-se que 95 por cento das mulheres saem das maternidades a amamentar os filhos, mas «muitas dessas mães desistem de amamentar o seu filho durante o primeiro mês de vida do bebé».

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a criança seja alimentada exclusivamente com o leite materno até aos seis meses.

Fonte: IOL Diário

Quando a gravidez não chega ao fim... a dor da perda

A gravidez e tudo o que a envolve traz à mãe, e à nova família descobertas e alegrias, grandes receios e dúvidas. Umas e outras servem para nos prepararmos para a maternidade, que é geralmente encarada e reltada socialmente como um maravilhoso mundo onde tudo se ganha! 
Mas quando a gravidez não chega ao fim, as marcas são profundas e permanentes, e por se ter esta percepção tão idealizada nem sempre é fácil conseguir o paoionecessário e adequado às mães e pais que acabaram de perder o seu bebé.
Esta carta, escrita por uma enfermeira americana que perdeu o seu bebé, e nos relata os sentimentos e angústias desse momento de dor, principalmente diante de palavras e comentários de pessoas, na tentativa de ajudar, faz-nos reflectir a nossa postura.
Porque percebi que este é também uma das faces, não desejável mas possível, do acompanhamento/apoio na gravidez, decidi partilhar esta carta.

Em Portugal o Projecto Artémis proporciona um espaço de partilha com objectivo de diminuir a falta de informação técnica e emocional a mulheres que vivenciam o luto da perda de um bebé ao longo da gravidez, bem como quebrar o Pacto de Silêncio resultante de todo esse processo de luto na Perda Gestacional.



Carta de uma mãe que perdeu o seu bebê

Quando estiver tentando ajudar uma mulher que perdeu um bebê, não ofereça sua opinião pessoal sobre sua vida, suas escolhas, seus projetos para seus filhos. Nenhuma mulher nesta situação está procurado por opiniões (de leigos) sobre porque isto aconteceu ou como ela deveria se comportar.
Não diga: É a vontade de Deus. Mesmo se nós somos membros de uma mesma congregação, a menos que você seja um dirigente desta igreja e eu estiver procurando por sua orientação espiritual, por favor, não deduza o que Deus quer para mim. A vontade de Deus é que ninguém sofra. Ele apenas permite.

Apesar de saber que muitas coisas terríveis que acontecem são permitidos por Deus, isto não faz estes acontecimentos menos terríveis.

Não diga: Foi melhor assim havia alguma coisa errada com seu bebê. O fato de haver alguma coisa errada com o bebê é que me faz tão triste. Meu pobre bebê não teve chance. Por favor, não tente me confortar destacando isto.

Não diga: Você pode ter outro. Este bebê nunca foi descartável. Se tivesse a escolha entre perder esta criança ou furar meu olho com um garfo, eu teria dito: Onde está o garfo? Eu morreria por esta criança, assim como você morreria por seu filho. Uma mãe pode ter dez filhos, mas sempre sentirá falta daquele que se foi.

Não diga: Agradeça a Deus pelo(s) filho(s) que você tem. Se a sua mãe morresse num terrível acidente e você estivesse triste, sua tristeza seria menor porque você tem seu pai?

Não diga: Agradeça a Deus porque você perdeu seu filho antes de amá-lo realmente. Eu amava meu filho ou minha filha. Ainda que eu tenha perdido meu bêbê tão cedo ou quando nasceu, eu o amava.

Não diga: Já não é hora de deixar isto para trás e seguir em frente? Esta situação não é algo que me agrada. Eu queria que nunca tivesse acontecido. Mas aconteceu e faz parte de mim para sempre.A tristeza tem seu tempo que não é o meu ou o seu.

Não diga: Eu entendo como você se sente. A menos que você tenha perdido um bebê, você realmente não sabe como eu me sinto. E mesmo que você tivesse perdido, cada um vivencia esta tristeza de modo diferente.

Não me conte estórias terríveis sobre sua vizinha, prima ou mãe que teve um caso parecido ou pior. A última coisa que preciso ouvir agora é que isto pode acontecer seis vezes pior ou coisas assim. Estas estórias me assustam e geram noites de insônia assim também como tiram minhas esperanças. Mesmo as que tenham tido final feliz, não compartilhe comigo.

Não finja que nada aconteceu e não mude de assunto quando eu falar sobre o ocorrido. Se eu disser antes do bebê morrer... Ou quando eu estava grávida...não se assuste. Se eu estiver falando sobre o assunto, isto significa que quero falar. Deixe-me falar. Fingir que nada aconteceu só vai me fazer sentir incrivelmente sozinha.

Não diga Não é sua culpa. Talvez não tenha sido minha culpa, mas era minha responsabilidade e eu sinto que falhei. O fato de não ter tido êxito, só me faz sentir pior. Aquele pequenino ser dependia unicamente de mim para trazê-lo ao mundo e eu não consegui. Eu deveria trazê-lo para uma longa vida e não pude dar-lhe ao menos sua infância. Eu estou tão brava com meu corpo que você não pode imaginar.

Não me diga: Bem, você não estava tão certa se queria ter este bebê... Eu já me sinto muito culpada sobre ter reclamado sobre mal estar matinais ou que eu não me sentia preparada para esta gravidez ou coisas assim. Eu já temo que este bebê morreu porque eu não tomei as vitaminas, comi ou tomei algo que não devia nas primeiras semanas quando eu não sabia que estava grávida.

Eu me odeio por cada minuto que eu tenha limitado a vida deste bebê. Se sentir insegura sobre uma gravidez não é a mesma coisa que querer que meu bebê morra, eu nunca teria feito esta escolha.

Diga: Eu sinto muito. É o suficiente. Você não precisa ser eloqüente. As palavras dizem por si.

Diga: Ofereço-lhe meu ombro e meus ouvidos.

Diga: Vocês vão ser pais maravilhosos um dia ou vocês são os pais mais maravilhosos e este bebê teve sorte em ter vocês. Nós dois precisamos disso.

Diga: Eu fiz uma oração por vocês. Mande flores ou uma pequena mensagem. Cada uma que recebi, me fez sentir que meu bebê era amado. Não envie novamente se eu não responder.

Não ligue mais de uma vez e não fique brava (o) se a secretária eletrônica estiver ligada e eu não retornar sua chamada. Se nós somos amigos íntimos e eu não estiver respondendo suas ligações, por favor, não tente novamente. Ajude-me desta maneira por enquanto.

Não espere tão cedo que eu apareça em festas infantis e ou chás para bebes ou vibre de alegria no dia das mães. Na hora certa estarei lá.

Se você é meu chefe ou companheiro de trabalho: Reconheça que eu sofri uma morte em minha família não é simplesmente uma licença médica. Reconheça que além dos efeitos colaterais físicos, eu vou estar triste e angustiada por algum tempo. Por favor, me trate como você trataria uma pessoa que vivenciou a morte trágica de alguém que amava. Eu preciso de tempo e espaço.

Por favor, não traga seu bebê ou filho pequeno para eu ver. Nem fotos. Se sua sobrinha está grávida, ou sua irmã teve um bebê há pouco, por favor, não divida comigo agora. Não é que eu não possa ficar feliz por ninguém mais, é só que cada vez que vejo um bebê sorrindo ou uma mãe envolta nesta felicidade, me traz tanta saudade ao coração que eu mal posso agüentar. Eu talvez diga olá, mas talvez eu não consiga reprimir as lágrimas. Talvez ainda se passarão semanas ou meses antes que eu fique pelo menos uma hora sem pensar nisso. Você saberá quando eu estiver pronta.Eu serei aquela que perguntará pelos bebes, ou como está aquele garotinho lindo?

Acima de tudo, por favor, lembre-se que isto é a pior coisa que já me aconteceu.

A palavra morte é pequena e fácil de dizer. Mas a morte do meu bebê é única e terrível. Vai levar um bom tempo até que eu descubra como conviver com isto.

Fonte: Psicodoula

26 janeiro, 2011

Que delícia...

Lindo!!!!

Temple canta pouco antes do parto domiciliar de seu filho Koa, nascido com 4,5 kg. Ela cantou para lidar com as contrações, e tem duas fortes contrações nesse tempo. A filmagem foi feita por sua filha de 7 anos. A música é um gospel, Salmo 23.

23 janeiro, 2011

É tempo de voltar a sentir

altO poder da Natureza e os instintos da mulher prestes a ser mãe têm sido votados ao ostracismo por aqueles que mais os deviam defender. Em nome das rotinas médicas e do progresso científico, fecharam-se a sete chaves os saberes antigos do parto, que a medicina deixou esquecidos numa qualquer prateleira, aonde só chegavam aqueles que não tinham medo de enfrentar as práticas convencionais. Pelo meio, «perdeu-se a nossa capacidade de acreditar que somos capazes de parir», como sublinha Luísa Condeço, da Associação Doulas de Portugal.
«Vamos sendo ‘castradas’ ao longo do tempo e, na altura de parir, instala-se o medo», explica a doula, lembrando que é o medo que tudo domina e deixa dominar. E, na realidade, é quase sempre em nome desse medo que as mulheres se entregam de corpo e alma na mão dos médicos, deixando que estes decidam por si. Para o bem e para o mal.
Visto deste prisma, o ponto de situação parece drástico, mas é apenas resultado da instalação das rotinas trazidas pelos avanços da ciência e da tecnologia. Apesar do progresso na saúde materna ter contribuído, e muito, para baixar a mortalidade das mães – tanto natal como perinatal – também custou o alto preço de tornar a mulher prisioneira dos hospitais, onde progressivamente foi perdendo o controlo sobre o seu corpo e as suas vontades.
Depois de ter acompanhado mais de 100 partos ao longo dos últimos oito anos, a doula Luísa Condeço não tem dúvidas de que «é preciso devolver à mulher a consciência de que é ela a responsável e pode escolher». Como tantos outros, também ela já perdeu a conta ao número de vezes que ouviu uma mulher dizer que não à epidural e a seguir pressionarem-na no sentido contrário, com a célebre frase: «Mas tem a certeza? Olhe que o anestesista vai sair.»

O PODER DA NATUREZA
O lema da parteira Glória Charrua é «confiar na Natureza». A sua experiência de mais de 40 anos passados a ajudar bebés a nascer tem-lhe provado que ela é sempre sábia, por mais que muitos médicos lhe tenham tentado mostrar o contrário ao longo das últimas décadas.
Saída de uma das últimas fornadas do curso de parteira da Faculdade de Medicina de Coimbra, Glória passou muitos anos a trabalhar em hospitais públicos e clínicas privadas. Viu muitas coisas, boas e más, mas foram as más que a marcaram profundamente. Tão profundamente que há cerca de dez anos atingiu o limite. Pediu uma licença sem vencimento e passou a acompanhar só partos ao domicílio.
Desde então, todos os dias aprende lições. Foi-se libertando dos preconceitos e das desconfianças e, hoje, não tem receio de afirmar que tem aprendido muito, sobretudo com os macrobióticos e as doulas. Depois do convívio diário com a crescente medicalização e instrumentalização do acto de nascer nos hospitais, hoje é livre para garantir às mulheres que a procuram que «o parto não é uma doença e sim algo perfeitamente natural».
Mas se ter um parto natural não é tão simples como muitas grávidas pensam, também não é tão complicado como muitos clínicos ainda receiam que seja. Pelo menos é assim que o vê, médica especialista em Ginecologia-Obstetrícia, com uma visão holística da medicina. O seu trabalho na Clínica Moderna da Mulher, em Cascais, e no Hospital Particular de Lisboa tem sido responsável pelo despertar de mentalidades em Portugal e hoje Radmila Jovanovic é reconhecida por defender que os instintos são poderosos e que o saber inato alcança lugares onde a medicina não chega.
Para esta médica nascida na antiga Jugoslávia, o segredo do parto reside no caminho que se percorre durante a gestação. «A gravidez é a possibilidade de voltar a ouvir o corpo», contudo, «começar a ouvir outra vez pode trazer medos, pânicos, desconfianças», perfeitamente naturais, mas que precisam ser trabalhadas durante a gravidez de modo a que «o parto resulte de forma natural», explica.
Ainda assim, mesmo que o desejo da grávida seja o de um parto natural, pelo caminho, pode chegar-se à conclusão que é mesmo necessário uma epidural, uma cesariana ou até fórceps. «Não existe o melhor e o pior. Cada caso é um caso», garante Radmila Jovanovic, para quem «a decisão é de cada mulher», que quase sempre pressente o que lhe vai acontecer ainda no início do parto.

RELAXAR COM PALAVRAS
Aos 65 anos de idade, Glória Charrua não tem papas na língua. «Os médicos deviam fazer um curso de relações humanas». No entender desta parteira, alentejana de gema, muitos problemas que surgem durante o trabalho de parto seriam evitados se os médicos soubessem conversar com as pacientes.
A longa experiência em Ginecologia-Obstetrícia do professor catedrático Manuel Meirinho não desmente a da parteira. «O acompanhamento médico é o melhor fármaco» que pode haver para a dor, garante este médico, dono de uma carreira construída no serviço público, que deixou marca como defensor do parto natural quando ainda nem se tinha ouvido falar na humanização do parto em Portugal.
Professor catedrático e ex-responsável pelo serviço de Obstetrícia do Hospital Garcia da Orta, optou por dedicar toda a sua vida ao serviço público, porque acredita que «o serviço público existe para servir o público». Mas o trabalho de toda uma vida no serviço público obriga-o a reconhecer que nem tudo corre bem nos hospitais e que, «muitas vezes se faz a anestesia geral ou baixa por uma questão de facilidade do parto».
Na maior parte dos casos, quem acompanha o parto está mais preocupado «com o conforto da mãe, do que com o parto espontâneo», sublinha o obstetra, ciente de que por mais que a ciência médica tenha evoluído ao longo das últimas décadas ainda está longe de ter alcançado a perfeição.

NO REINO DA EPIDURAL
O tempo tem-se encarregado de ir provando à medicina que a Natureza é sábia e os excessos se pagam caro. Os partos que antes se preferiam assépticos e tecnológicos, são agora vistos como um caminho tortuoso, sobretudo quando recheado de intervenções desaconselhadas pela própria Organização Mundial da Saúde (ver caixa).
Foi o alívio da dor que levou a maioria das mulheres a trocar o parto no domicílio pelo parto hospitalar, que a partir dos anos 70 se tornou um procedimento normal em Portugal. Mas no momento em que as mulheres deixaram de confiar no seu corpo e passaram a confiar mais nos procedimentos médicos, as rotinas instalaram-se. Bastou um pequeno salto para que a epidural entrasse de armas e bagagens, como se fosse a melhor coisa do mundo.
Para muitas mulheres, é-o seguramente, até porque «há pessoas que suportam melhor a dor e outras que são mais fracas», como explica Manuel Meirinho. Apesar de defender que «o ideal é o parto espontâneo com contracções normais», este médico não recusa o mérito da epidural, desde que «devidamente acompanhada».
Já a doula Luísa Condeço, embora não seja defensora da epidural também não é contra. No seu entender, o que é fundamental «é perceber porque é que a mulher tem sensibilidade à dor», e na maior parte das vezes isso implica «escavar, e fazer um trabalho profundo», para o qual nem todas as mulheres estão preparadas.
Já no que toca à cesariana, ambos os profissionais recusam-na como um procedimento rotineiro, mas as evidências dos números portugueses confirmarem que esse é o caminho que o país tem vindo a traçar.
Cerca de 33 por cento dos partos realizados em Portugal são por cesariana, um número que o relatório Europeu de Saúde Perinatal de 2008 destacou como elevado e indicador de má prática clínica, e a que se junta ainda uma elevadíssima taxa de 80 por cento nas episiotomias.

O SEGREDO É O MEIO-TERMO
Olhando para o lado positivo dos números portugueses, nem tudo é mau. A mortalidade perinatal, que nos anos 60 era quase de 40 em cada mil partos, está abaixo dos 3,5/4 por mil. «Portugal está, neste momento, entre os dez países do mundo com mais baixa taxa de mortalidade infantil», lembra o ginecologista-obstetra João Dória Nóbrega, sublinhando que é um feito notável. Agora, o que é preciso é «andar atrás do factor evitável», acrescenta.
Para este especialista, o simples facto de estarmos «a questionar o que se perdeu» pelo caminho já é um verdadeiro «sinal de progresso». O segredo será «encontrar o meio-termo», o que na sua opinião passa sobretudo por uma mudança na forma como os hospitais encaram os partos.
«Os hospitais é que têm de mudar, de se adaptar às novas realidades», defende João Dória Nóbrega, explicando que um bom começo seria todos terem uma zona com «aspecto familiar e caseiro», onde «a mulher não se sinta num hospital» e possa «ter os parentes por perto», com a garantia e a segurança de estar «perto da zona técnica que pode dar apoio».
A parteira Glória Charrua vai um pouco mais longe do que o ginecologista-obstetra e reivindica que «devia haver, em Lisboa, uma casa de partos». A sua própria casa já serviu várias vezes como casa de apoio a partos, que pela força das circunstâncias acabaram por ter lugar lá. Por isso mesmo a parteira reconhece a importância de ter um lugar adequado para o efeito, fora do ambiente hospital e sem qualquer intervenção médica, mas, ainda assim, suficientemente perto de um hospital para quando for necessário apoio de emergência.
Entretanto, há outras mudanças a fazer, sobretudo nas mentalidades. «É preciso voltar a olhar para a morte e para o nascimento como os momentos mais profundos da vida», lembra a doula Luísa Condeço, para quem a grande revolução do parto terá de ser feita pelas próprias pessoas.
Se o parto antigamente era «um negócio de mulheres e só de mulheres», como lembra João Dória Nóbrega, nos dias de hoje tem sido um negócio de clínicas e hospitais. Agora, o que é preciso é que deixe de ser visto como um negócio e passe a ser o que sempre devia ter sido: um assunto de família.


PROCEDIMENTOS DESACONSELHADOS PELA OMS*O uso rotineiro de enema (clister), exame rectal e tricotomia (rapagem dos pêlos púbicos);
*O uso rotineiro da posição deitada durante o trabalho de parto e durante o parto;
*O uso excessivo ou rotineiro de episiotomia;
*Os esforços de puxo prolongados e dirigidos durante o período expulsivo (manobra de Valsalva);
*O uso abusivo de ocitocina artificial (colocada no soro).


CAMINHOS PARA UM PARTO MAIS NATURAL
* Elaborar um plano de nascimento, determinando onde, como e por quem será realizado o parto;
* Respeitar a escolha da mãe ou do casal sobre o local do parto, depois destes terem sido devidamente esclarecidos e informados;
* Oferecer à mulher ou ao casal todas as informações e explicações que estes necessitem ou desejem;
* Dar liberdade de posição e de movimentos durante o trabalho de parto;
* Facultar o contacto precoce, pele a pele, entre a mãe e o bebé logo após o parto, bem como o início da amamentação na primeira hora do pós-parto.

Fonte: Pais e Filhos

«Não se pode deixar um bebé chorar»



altRecuperar o instinto e não impor objectivos de adulto na relação com os bebés são um bom resumo da conversa que a conhecida médica e autora de livros dedicados à gravidez, parto e pediatria manteve com a PAIS&Filhos. Longe das receitas e de regras rígidas, Miriam Stoppard garante que os pais sabem sempre o que é melhor para os filhos.

Garante que uma família feliz terá filhos felizes e saudáveis.
A felicidade é uma vitamina fundamental para a saúde. Com tanta literatura sobre pediatria os pais ficam confusos sobre os caminhos a seguir. Depois de alguma liberdade assistimos ao regresso de teorias rígidas. Não acredito em nada rígido em bebés e crianças. Acho que os pais têm de ser flexíveis e seguir os sinais que a criança vai dando, em vez de tentar impor os seus objectivos adultos aos filhos. Os pais esperam demasiado dos seus bebés e eu quero que eles saibam como os bebés desenvolvem competências e como os adultos podem ajudar a desenvolvê-las. É importante não se esperar muito demasiado cedo. Não acredito de todo em seguir regras rígidas de um qualquer livro ou autor. Não pretendo saber o que é melhor para os pais, porque só os próprios sabem isso. O que eu quero é transmitir confiança aos pais para seguirem os seus instintos, que estão sempre certos. Não acredito em ensinar os pais, porque parece-me de enorme arrogância que alguns especialistas saibam mais do que é melhor para a família. Não podem.

A geração actual de pais é muito criticada pelos avós por serem demasiado flexíveis, por serem escravos dos filhos, invocando as suas experiências, como por exemplo: «deixem o bebé chorar no quarto que depois acalma».
Sou absolutamente contra deixar um bebé chorar. Actualmente, todos sabemos o que acontece no cérebro dos bebés quando choram. Até um bebé ter seis meses não tem capacidade para se acalmar. Os bebés precisam de ser ensinados, encorajados a aprender a lidar com o choro, com a sensação de desconforto, a frustração. Os bebés precisam que lhes mostremos como fazer e a única forma de ensinar um bebé a acalmar-se é o adulto sossegá-lo calmamente para que se habitue a estas sensações boas. Ajuda falar baixinho e gentilmente, embalá-los, fazer festinhas, pegar ao colo. Estas sensações positivas e gratificantes vão ficando na memória do bebé que a pouco e pouco vai memorizando esse património positivo. Ao contrário, deixar um bebé chorar é cruel. Quando um bebé chora o cérebro desencadeia uma série de reacções desenvolvendo-se num determinado sentido para o resto da vida. É como uma impressão digital. Os bebés que são deixados a chorar serão mais mal dispostos, difíceis de confortar, choram muito, serão difíceis de acalmar e quando crescerem tornam-se crianças anti-sociais, menos afectuosas, não fazem amigos facilmente e vão ter problemas de aprendizagem na escola. E tudo isto acontece porque se deixa um bebé chorar. Por outro lado, se se confortar o bebé ele apreende os sentimentos amorosos de segurança e satisfação, o cérebro produz sensações agradáveis o que desencadeia um desenvolvimento num sentido completamente diferente. Esse bebé será naturalmente mais amistoso, fará amigos facilmente, será capaz de partilhar, afectuoso, com boa capacidade de concentração e terá um melhor desempenho na escola. Isto nós sabemos. É ciência. A ciência é que nos explica porque não devemos deixar um bebé chorar.

A ciência manda os pais pegar nos bebés ao colo, tocar, cantar, dar mimos
Sim.

Valoriza muito o conceito de família. As famílias hoje são muito diferentes.
É verdade que valorizo imenso. Acho que é o melhor ambiente para uma criança crescer, mas as famílias podem revestir todo o tipo de configurações. Eu própria tenho dois enteados e duas enteadas, onze netos e não faço qualquer distinção entre os filhos dos meus filhos ou os dos meus enteados. Na minha família há quatro avós. A felicidade é uma vitamina essencial para o crescimento. O amor também é. E para uma criança não interessa de onde vem o amor. Eles só querem é sentir esse amor porque os faz sentir bem, seguros, auto-confiantes.

Todos precisamos.
Mas é ainda mais importante para uma criança. Quanto mais pessoas uma criança tiver na sua família (na sua tribo) melhor será e mais probabilidades teremos de ter crianças saudáveis. Por isso, sim, sou defensora acérrima da família qualquer que seja o tipo de família. Acredito nas reuniões familiares alargadas, seja em festas de aniversário, ou outras.

Os rituais são importantes?
Todos os rituais, o Natal, a Páscoa, os aniversários. É fácil perceber como as crianças adoram estas festas. As que não têm família nessa dimensão por volta dos três, quatro anos escolhem figuras como o carteiro, a empregada, a professora, o cão, o gato porque todas as pessoas do seu mundo são a família deles. Por isso, as crianças adoram a ideia de famílias grandes e de muitas relações e adoram conhecer mais e mais gente, os primos afastados, os tios em terceiro ou quarto grau e percebem muito rapidamente.

As famílias são cada vez mais pequenas, há mais pais solteiros e filhos únicos. A família tem de ser a de laços de sangue? Os amigos podem desempenhar essa função
.
Claro. E podem promover dormidas em casa de amigos, saídas com amigos com filhos pequenos, trazer amigos da escola para casa.

Ser-se mãe ou pai solteiro não é uma questão.

Não deve ser. Ser mãe ou pai solteiro pode ser muito duro mas pode ser feito.

Se pedir ajuda fica mais fácil.
Claro e sabe uma coisa? O que é bom para a criança é bom para o pai ou mãe. É que se procurar trazer amigos da criança para casa, ou organizar saídas de amiguinhos o adulto naturalmente conhecerá outros pais, o que lhe permite alargar a sua própria rede de contactos sociais.

Mudando um bocadinho de tema, gostava de saber a sua opinião sobre a polémica de dormir com os pais (cosleeping). Nunca diz que os pais não podem levar os filhos para a cama.
É verdade.

Porque há tanta gente contra o co-sleeping?
Eu sei porquê. Em primeiro lugar há regras básicas: um fumador não deve ndormir com um bebé porque as toxinas dos cigarros ficam impregnadas na pele e na roupa e o bebé respira-as. Sabemos que os filhos de pais fumadores têm mais infecções respiratórias, gastroenterites. A segunda regra é que o bebé não deve dormir nunca ao pé de quem esteve a beber porque os reflexos do adulto ficam diminuídos e sem querer pode deitar-se em cima do bebé sem se dar conta. E o mesmo se aplica a quem toma drogas. É também muito importante que não se durma com um bebé num sofá porque fica muito calor e o bebé aquecer demasiado não é bom. É, aliás, um dos perigos identificados da morte súbita.
Eu tenho tanta preocupação com o sobre aquecimento dos bebés que a proximidade de um adulto na cama me faz recear. Mas isso já sou eu e os meus medos. Na vida real, eu sei que os pais levam os filhos para a cama deles e se essa for a única forma de fazer o bebé parar de chorar é muito tentador levar o bebé para a cama dos pais. Eu preferia que o berço estivesse ao lado dos pais, para que quando o bebé chorasse um deles levantasse o braço e fizesse festinhas ritmadas ao filho, que é muitas vezes o que eles precisam sentir.
O meu filho mais novo chorava bastante de noite e eu acabei por montar um colchão de campismo ao lado da cama dele. Se ele chorava eu levantava o braço, toca-lhe, dava-lhe umas pancadinhas amorosas e isso chegava para ele. Saber que eu estava ali confortava-o e sossegava-o. Sinceramente, acho este cenário preferível. A verdade é que se diz que os pais que levam os filhos para a cama têm um reflexo instintivo – isto aplica-se às mães não sei se os pais também têm – e que mantém um grau de alerta que as impede de se deitar em cima dos filhos. Não sei se está provado.
No fundo, o que eu acho é que cada família, cada pai e mãe é que têm de decidir. Eu só me sinto na obrigação de os informar dos riscos. E os pais decidem sempre pelo que é melhor para todos.

Nos primeiros anos a maioria dos pais é bastante rígida na alimentação. A partir dos três, quatro anos começam as asneiras, as excepções e a banalização de comida menos saudável. E as asneiras têm de ser grandes senão não tínhamos estes números assustadores de obesidade infantil. Como fazer para que as nossas crianças, desde pequeninas, gostem mais de comida saudável?
Temos de ir muito mais atrás do que os primeiros anos. Muitos estudos demonstram que o que a mãe come na gravidez, o bebé sente. Portanto, se quer que o filho goste de comida saudável deve comê-la durante a gravidez porque os sabores vão no sangue, atravessam a placenta para o bebé.
Para continuar a encorajar o gosto pela comida saudável, a mãe tem de alimentar-se correctamente enquanto amamenta, porque o sabor passa no leite e o bebé interpreta todos os sabores que recebe pela amamentação como boa comida.
Portanto se quer que os seus filhos gostem de brócolos, deve comê-los na gravidez e enquanto amamenta. Há uma experiência muito interessante que foi feita com grávidas: um grupo bebia sumo de cenoura e outro sumo de laranja. Depois de nascerem, aos seis meses, quando começavam com os sólidos os bebés das mães que tinham bebido sumo
de cenoura comiam cereais misturado com sumo de cenoura mas não comiam se fosse misturado no sumo de laranja. E vice versa. Se a grávida e a mãe comerem bem, a criança cresce com bons hábitos alimentares. E como também defendo que as crianças devem ser amamentadas em exclusivo até aos cinco/seis meses a partir do momento em o bebé consegue agarrar objectos e desenvolve a chamada pinça (pegar com o indicador e o polegar em pequenos objectos) sugiro que uma variedade de comida saudável deve ser oferecida ao bebé no tabuleiro da cadeira para que possa escolher o que quiser comer. Vários estudos demonstram que, se for dada comida variada a um bebé, ele tende a fazer escolhas saudáveis. Se quiser que o bebé coma vegetais primeiro, ofereça vegetais variados: ervilhas, brócolos, tomate, ervilhas, feijões. Aos poucos, começa-se a juntar proteínas, preferencialmente carne branca. A fruta também pode começar a ser dada: pedacinhos de banana, maçã, pêra. Todas as experiências têm de ser feitas quando o bebé tem fome.
As dificuldades começam com a socialização e as festas de aniversário da família e de amigos da escola.
Isso não tem de ser um problema, desde que se explique bem à criança que o que se passa em casa é o normal e o que se come em festas é raro. E não se fazem festas todos os dias. As crianças percebem muito bem a diferença.

Os números da obesidade infantil portuguesa, à semelhança de outros países, são assustadores.
Vi os números portugueses e estão bastante mal também. Acho que, em especial, as mães confundem comida com amor. Mas dar guloseimas e excesso de comida ou má alimentação não é dar amor é dar doenças, como a diabetes, doenças cardio-vasculares, e ataques cardíacos. Só alimentação saudável é amor.

Os programas que os Governos têm vindo a desenvolver em parceria com entidades académicas e empresariais fazem diferença?
Eu sei que sim. Vi os resultados de programas de combate à obesidade em 30 países, incluindo Portugal, e o impacto na obesidade infantil tem revelado uma taxa de sucesso impressionante. E o sucesso deve-se sobretudo ao envolvimento de muitos parceiros, desde os governos, à saúde, educação, à indústria alimentar no alcance de objectivos sustentáveis a longo prazo que requerem a colaboração estreita entre todos eles. E uma conclusão que retiro é que os programas cujos relatórios revelam melhores resultados são os que têm como aliados a indústria alimentar, que aposta na saúde dos consumidores o que acaba por lhes ser favorável em termos de mercado.

Estes programas permitem ter resultados a curto prazo?
Sim. Os que eu conheço revelam resultados imediatamente

QUEM É MIRIAM STOPPARD
Médica, especializou-se, desde 1970, nos temas da gravidez, parto e pediatria. Autora de inúmeros livros sobre saúde, Miriam Stoppard afirma que quer dar toda a informação disponível às famílias para criarem crianças felizes. Presença assídua na televisão inglesa em programas de medicina e saúde. Cronista habitual em jornais britânicos, veio a Portugal a convite da Nestlé para moderar um debate no Congresso de Nutrição, no Porto.

Fonte: Pais e Filhos