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13 novembro, 2013

Divulgação: Curso de Doulas com a Doula Luísa Condeço

É já nos dias 30 de novembro a 1 de dezembro, que se inicia mais um curso de formação de Doulas. A formadora é a deusa e doula-mãe, como goste de lhe chamar, Luísa Condeço, a quem tenho um enorme orgulho de chamar também minha doula...

O que é um curso de doula??? Tudo o que possas imaginar... preparação para acompanhar mulheres grávidas, dar apoio emocional e informação baseada em evidencias cientificas, sim!! Mas acima de tudo um momento de descoberta de ti própria, de encontro com a tua verdadeira essência...

Então se sentes que te falta alguma coisa, que precisas de te conhecer melhor, ir mais fundo dentro de ti e resgatar a tua essência enquanto mulher... esta formação é para ti!!!

Podes saber tudo aqui:

Doula Luísa Condeço

Rede Portuguesa de Doulas




30 abril, 2013

The Business of Being Born

Um filme sobre a realidade dos nascimentos na América, que não me parece muito diferente da realidade portuguesa...

Recomendado para todas as mulheres e OBRIGATÓRIO para todos os profissionais na área...

Vale mesmo a pena perceber a origem e a realidade de tantos procedimentos tidos como "normais" e, sobretudo, perceber o que e porque pode e deve ser diferente...


08 março, 2013

Violência obstétrica...vale a pena lembrar e lutar contra!!!

Sigam este link, divulguem, conheçam, reconheçam e actuem denunciando, falando, debatendo...porque há causas que nos tocam a todas e pelas quais vale a pena lutar....

VIOLÊNCIA Obstétrica, sabe o que é?

 Imagem

Num dos momentos mais importantes de suas vidas, a gestação e o parto, mulheres e bebés estão sofrendo abuso e desrespeito por parte dos profissionais de saúde. Esta violência acontece diariamente em nosso país e no entanto, ainda pouco se fala sobre isso. 
Por isto, neste Dia Internacional da Mulher, a HumPar - Associação Portuguesa pela Humanização do Parto, juntamente com a Associação Doulas de Portugal e a Rede Portuguesa de Doulas, vem lançar uma Campanha de Consciencialização para a Violência Obstétrica. 

O Mês de Março será dedicado à divulgação de informações relativas ao contexto da Violência Obstétrica em Portugal e à promoção e dinamização de iniciativas que fomentem uma mudança efetiva da realidade da assistência ao nascimento. Leia e divulgue o texto da nossa campanha. Acompanhe em nossa página as atualizações. Informação e apoio são essenciais para que a mudança aconteça!

22 fevereiro, 2013

Saber esperar





Induzir o parto antes das 39 semanas pode ter riscos para o bebé.

A partir das 37 semanas de gravidez, espera-se que o bebé esteja pronto para nascer. Mas nem sempre é assim. Vários estudos indicam que, pelo menos, até às 39 semanas a barriga da mãe é o melhor sítio para se estar.
Marcar o dia do parto é, cada vez mais, uma prática habitual. Em Portugal e em muitos países ocidentais. Seja por cesariana ou por indução. Seja porque o médico sugere ou a pedido da mulher. Marca-se para garantir a presença do médico escolhido, marca-se para que o bebé nasça em determinado dia, marca-se para evitar que as águas rebentem numa hora que não dê jeito, marca-se porque se tem medo do inesperado. Marca-se o parto por muitas razões, poucas delas médicas, apesar de ainda nenhum estudo ter demonstrado que este procedimento é vantajoso para a mãe ou para o bebé.
Na gravidez, um dia a mais ou a menos pode fazer a diferença. A partir das 37 semanas, o bebé é considerado de termo, ou seja, estima-se que a maior parte dos bebés com esta idade gestacional esteja pronto para nascer. Mas nem sempre isso acontece. «A maturação enzimática do aparelho respiratório não acaba às 37 semanas. Não chega essa data e já está. É uma coisa progressiva. Por isso, à medida que o tempo passa, o bebé tem menos probabilidades de ter problemas respiratórios», explica Diogo Ayres de Campos, professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e obstetra no Hospital de São João, no Porto.
As recomendações internacionais, quer do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, quer do Colégio Inglês de Ginecologia e Obstetrícia, são no sentido de esperar sempre, pelo menos, pelas 39 semanas de gravidez para provocar o parto.
Duas investigações recentes vieram reforçar o consenso. Em Fevereiro de 2009, um estudo publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology revelou que, nos bebés nascidos de parto induzido entre as 37 e as 38 semanas, 17,8 por cento precisaram de ficar internados, em média, 4,5 dias na unidade de cuidados intensivos neonatais. Nos bebés nascidos entre as 38 e as 39 semanas, o número de internamentos desceu para oito por cento. Depois das 39 semanas, apenas 4,6 por cento dos bebés precisaram de cuidados especiais. Nas conclusões, os autores deixam bem claro: «O parto electivo antes das 39 semanas está associado a um aumento da morbilidade neonatal e a um aumento do número de cesarianas, sendo, por isso, inapropriado».
O estudo envolveu 14 955 nascimentos após as 37 semanas de gestação, em 27 hospitais americanos, durante o ano de 2007. Destes, 4645 foram marcados sem razão médica, o equivalente a um terço dos partos. Em Portugal, não se conhece o número exacto de induções. Mas estima-se que seja bastante acima do valor recomendado pela Organização Mundial de Saúde: dez por cento.

CESARIANA AUMENTA OS RISCOS
Para o bebé, a eventual complicação mais grave resultante de um parto cedo demais é a síndrome de stresse respiratório. Um problema provocado pela imaturidade dos pulmões, que obriga o recém-nascido a ficar internado na unidade de cuidados intensivos neonatais para lhe ser administrado surfactante, substância que ajuda os alvéolos pulmonares a distenderem.
Outro estudo, que incidiu sobre 25 mil partos por cesariana electiva, demonstrou ainda que nascer antes das 39 semanas aumenta o risco não só de doenças respiratórias, como de infecções, hipoglicemia, internamento na unidade de cuidados intensivos e internamentos mais frequentes. A investigação do Instituto Nacional para a Saúde da Criança e Desenvolvimento Humano, nos Estados Unidos, concluiu que os bebés nascidos às 37 semanas por cesariana electiva têm o dobro do risco de sofrer de algum tipo de complicação em relação aos bebés que nascem às 39 semanas. Nascer às 38 semanas diminui o risco, mas, ainda assim, estes bebés têm mais 50 por cento de possibilidades de terem algum problema, pode ler-se no estudo publicado no New England Journal, em Janeiro deste ano.
Com a cesariana, os riscos para o recém-nascido ainda são maiores do que na indução (desde que a indução termine em parto vaginal) porque o processo de trabalho de parto e de expulsão do feto favorece a maturação dos pulmões do bebé.
 Diogo Ayres de Campos desdramatiza um pouco estes resultados: «Não são complicações que tenham sequelas ou desfechos negativos e são problemas muito raros. Mas não se deve esquecer que é, de facto, mais arriscado marcar um parto para antes das 39 semanas». Por isso mesmo, na maternidade do Hospital de São João, não se fazem induções ou cesarianas electivas antes das 39 semanas, a não ser que exista uma forte indicação médica. Mas não existe um consenso a nível nacional sobre esta matéria. «São os hospitais que decidem. Os hospitais centrais que conheço seguem as recomendações internacionais e não fazem induções antes das 39 semanas. Nos privados não sei como funciona», revela o obstetra, acrescentando: «Mesmo no caso de um bebé pélvico que vá nascer por cesariana programada, as recomendações são para esperar até depois das 39 semanas».

RAZÕES PARA UM PARTO MARCADO
A Organização Mundial de Saúde só fala em indução do parto depois das 42 semanas de gravidez. Antes desse tempo, a organização recomenda uma vigilância pré-natal mais apertada. O Instituto Nacional para a Saúde e Excelência Clínica, entidade britânica de grande importância científica, desaconselha a indução de parto a pedido da mulher por ser «uma intervenção desnecessária e ter riscos». A única excepção para antecipar o parto sem uma razão médica, segundo o instituto, são os casos em que o pai do bebé tem de ausentar-se para locais de guerra. Ainda assim, a indução só deverá «ser considerada às 40 semanas ou depois».
Mesmo em casos de suspeita de bebé muito grande ou de incompatibilidade feto-pélvica – motivos invocados habi-tualmente por médicos para marcar uma indução –, os especialistas britânicos aconselham a esperar pelo início do trabalho de parto espontâneo. Dizem que não há uma forma de medir com exactidão estes parâmetros.
A indicação mais consensual para uma indução está relacionada com o facto de a mãe ser portadora de uma doença que se agrava à medida que a gravidez vai evoluindo, como hipertensão, diabetes ou doença cardíaca. Em relação às cesarianas electivas, é consensual que se realizem em situações de doença infecciosa da mãe e no caso de placenta prévia. Mais controversa é a indicação para fazer cesariana por o bebé estar sentado (bebé pélvico) ou em posição transversal. Existe uma manobra, que pode ser realizada durante a gravidez (versão externa), para ajudar o bebé a colocar-se na posição correcta.
Esperar pelo início espontâneo do trabalho de parto é a melhor opção para as gravidezes de baixo risco. Todos os estudos científicos assim o demonstram. As últimas semanas dentro da barriga da mãe são igualmente importantes para o bebé. Os argumentos de que a partir de determinada altura «o bebé não está lá a fazer nada» ou que «só está a engordar» são enganadores. O bebé precisa de tempo para tomar a decisão de nascer.

19 janeiro, 2013

Corte do cordão umbilical...os benefícios do corte tardio

Uma palestra clara e muito explicita acerca dos enormes benefícios de esperar que o cordão umbilical pare de pulsar para o cortar, bem como sobre as inúmeras implicações sociais, económicas e para a saúde... vale a pena ver e ouvir com atenção!!!


03 dezembro, 2012

Partos na água num hospital público...em Portugal!!!

Um dia esta realidade vai acontecer em todos os hospitais públicos!!!
Acredito, de coração, que tal irá acontecer na mesma medida e proporção que mais e mais mulheres quiserem tomar escolhas conscientes...





Fonte: SIC Notícias

21 maio, 2012

Divulgação...Curso para Facilitadores de Meditação com Grávidas


Mais uma fantástica iniciativa da minha querida Catarina Pardal...


Curso para Facilitadores de Meditação com 

Grávidas pelo método PARIR EM PAZ

2 e 3 de Junho – 1º Módulo
9 e 10 de Junho - 2º Módulo
30 de Junho e 1 de Julho– 3º Módulo
Com Catarina Pardal

Este curso pretende formar facilitadores de meditação com gravidas / casais grávidos - uma maneira holistica de preparação para o parto e parentalidade "de dentro para fora"
Tem por base a visualização criativa e o pnl

1º módulo
O que é a meditação
Porque meditar
Como conduzir meditação para gravidas e casais grávidos
A meditação segundo os trimestres de gravidez
A meditação da criança interior
A meditação do nascimento
A meditação do parto


2º módulo
A visualização criativa :
Na gravidez
No parto
Na parentalidade
Pnl aplicado à gravidez e parto


3º módulo
O metodo de preparação para o parto e parentalidade PARIR EM PAZ - de dentro para fora
O sentir
A intuição
A entrega

preço de cada módulo 100 euros

Aceitamos facilidades de pagamento
Local : Sintra


Catarina Pardal
919267844
www.parirempaz.com
Euquero@parirempaz.com

22 abril, 2012

Hanami...o florescer da vida!

Este emocionante filme revela práticas ligadas ao modo de viver a maternidade consciente, o parto activo e o que estes representam na formação de seres humanos mais conscientes.
Se todos nascêssemos assim teríamos, com toda a certeza, um mundo melhor...

04 abril, 2011

Não é o mesmo...

Não, não é o mesmo!!! Para quem ainda tem duvidas das diferenças entre um parto hospitalar de rotina e um parto humanizado, que também pode(ria) ser hospitalar...vejam!!!

21 março, 2011

Quanto custa ter uma Doula?

Este texto é de uma querida doula . . . que tenho o enooorrrrrme prazer de conhecer pessoalmente e que é uma referencia para todas nós que ainda apalpamos terreno nestes trilhos... Não resisti a transcrevê-lo na integra e a partilhá-lo porque .... é isto! É bom que se grite bem alto a importância de proporcionarmos o melhor nascimento possível aos nossos bébes, é bom que se perceba a importância que o apoio neste momento assume, e é bom que se desmistifique de uma vez por todas a questão do "ser caro" ter uma doula e que se perceba que se trata apenas de priorizar o que se considera como mais importante...Bem haja Catrina, uma vez mais!!!

"Falava eu com a minha amiga M. que me dizia que ter uma doula é caro.

Antes de vos dizer quanto custa ter uma doula, pergunto-vos se sabem quanto custa não ter uma Doula?

Pode custar o desespero nas últimas semanas da gestação, o sentimento da falta de apoio.
Pode faltar alguém que didacticamente ajuda o casal com os medos específicos do parto.
Pode faltar alguém que lembre que o corpo de uma mulher esta feito para parir.
Pode custar uma ida precipitada à maternidade, que invariavelmente recairá numa série de intervenções - dolorosas, humilhantes e desnecessárias.
Pode faltar em trabalho de parto alguém experiente, e que possibilite ao pai estar no momento sem se preocupar tanto.
Pode faltar alguém para dar confiança.
Pode faltar alguém para ajudar na amamentação.
e podia continuar....

A doula ajuda a vencer os medos da gravidez, serve de ombro amigo, ajuda a compreender os processos próprios do parto.
A Doula diminui estatisticamente as necessidades de analgesia, fórceps e cesariana - há preço para isto?

CUSTA MENOS QUE UM CARRO DE BEBÉ DAQUELES XPTO!!!
CUSTA MENOS QUE ALGUNS BERÇOS!
TER DE COMPRAR LATAS DE LEITE ARTIFICIAL È BEM MAIS CARO QUE TER UMA DOULA!

Claro que uma mulher pode ter um parto natural sem uma doula, claro que sim!

Mas, e os pais que me perdoem, não acredito que um pai ou outro acompanhante não profissional, possa fazer esse papel... o mais normal é essa pessoa não querer que a parturiente 'sofra', ficam com pena. Não é por mal, simplesmente é a falta da segurança e experiência.

E tu, achas caro ter uma Doula?

Tiveste uma Doula no teu parto, achas que foi caro?"


Doulas: Ángeles de la maternidad from MiNuShu on Vimeo.


Fonte:Parir Paz

01 março, 2011

Indução do parto tem riscos acrescidos quando se trata do primeiro filho

Pois... mais evidências (ciêntificas) do que já é evidente há muitos anos!!!!

A indução electiva do parto é prática comum em muitos países. Uma prática com riscos para a saúde da mãe e do bebé, sobretudo quando se trata de um primeiro parto. Segundo um estudo realizado na University of Rochester Medical Center, em Nova Iorque, o parto induzido de forma programada aumenta as probabilidades de cesariana e o risco de grandes hemorragias para a mulher. Além disso, conduz a estadias mais prolongadas no hospital, após o parto.

Apesar de se ter tornado um processo rotineiro em muitas unidades de saúde, o estudo alerta para as consequências de um processo que acaba por se desenrolar de uma forma muito diferente do que é natural. Foram analisado dados de 485 mulheres que deram à luz pela primeira vez, em 2007, na maternidade do Centro Médico da Universidade de Rochester. Um terço das mulheres que aceitaram uma indução electiva acabaram por ser submetidas a cesariana. Por seu lado, no grupo das que não tiveram o parto induzido apenas um quinto acabou por precisar de uma cirurgia. OS autores do estudo lembram que a cesariana é uma grande cirugia, com riscos de infecção, complicações subsequentes e futuras cirurgias.

Para além disso, os bebés nascidos na sequência de uma indução electiva têm mais probabilidades de vir a precisar de assistência na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, nomeadamente através de suporte respiratório.

Por cada 100 mulheres que se submetem a uma indução electiva há mais 88 dias de internamento do que no grupo de mulheres que entra espontaneamente em trabalho de parto.

Quando não existem benefícios médicos para induzir o parto, é difícil justificar uma indução electiva quando são conhecidos tantos riscos acrescidos para a mãe e para o bebé, considera Christopher Glantz, professor de saúde materna que liderou o estudo. Ressalva contudo que, para as mulheres que já deram à luz anteriormente os riscos de uma indução electiva não são tão significativos.

Os resultados foram publicados na edição de Fevereiro do Journal of Reproductive Medicine.
 
Fonte: TVI24

01 dezembro, 2010

O sentido e as funções do trabalho de parto

O parto fisiológico está directamente ligado com a experiência de dor. O nosso medo da dor e o desaparecimento do parto fisiológico estão relacionados com o nosso estilo de vida. Um ritmo frenético, a pressão para ser eficiente, a competição, a procura pelo sucesso, a necessidade de gratificação imediata, a recusa de sofrer: todos estes factores deixam pouco espaço para ouvir, sentir e assumir uma atitude pró-activa diante de dificuldades.

O rápido desenvolvimento da tecnologia criou uma ilusão de bem-estar e segurança, favorecendo a eliminação do perigo, enfraquecendo a nossa capacidade de adaptação às circunstâncias. Temos rejeitado a importância das relações humanas, esquecendo que as nossas relações com os outros determinam o estado da nossa própria saúde. Como sociedade, já não temos a capacidade de promover uma boa saúde e pouca mais temos para curar doenças. O que podemos fazer é, antes, avaliar os danos através de sofisticados processos de diagnóstico (Tew, 1998).

As parteiras italianas estão a atravessar uma crise. A taxa de cesarianas aumentou de forma dramática, dando a Itália a segunda maior taxa do mundo e a maior na Europa. Não bastando, a mortalidade e, principalmente, a morbilidade materna e neonatal também aumentaram. O advento da tecnologia no parto não apresentou nenhuma melhora significativa nas taxas de mortalidade perinatal e, se alguma coisa tem diminuído, é a qualidade do vínculo mãe-bebé, produzindo um impacto negativo sobre a vida e saúde do bebé (Tew 1998, Beech 2000, Wagner 2001, Relier 1993). O aparecimento nos últimos anos de um número sem precedentes de problemas relacionados com crianças de todas as idades deve estimular a reflexão sobre este fenómeno.

A analgesia natural e farmacológica expressam as duas polaridades na arte de partejar de hoje: a tensão entre o uso da tecnologia e a activação de recursos endógenos das mulheres, entre o poder e a impotência.

(...)

A dor no parto é um elemento frequentemente indesejado, mas fundamental para o trabalho de parto fisiológico. Na verdade, a dor activa na mulher os seus próprios recursos, tornando-a mais forte, enquanto a prepara para o vínculo com o seu bebé. A dor é fundamental na promoção da saúde. A sua eliminação gera complicações consideráveis. Acima de tudo, a eliminação da dor inibe a mulher do seu poder reactivo, tornando-a mais fraca. Além disso, sem a dor, a mulher perde a hipótese de uma importante experiência de auto-descoberta. O conhecimento da obstetricia deveria reconsiderar estes factores e ponderar se não valeria a pena trabalhar mais intensamente sobre estes temas antes do parto, investindo mais na analgesia natural e, portanto, na figura da parteira.

Certamente que o parto fisiológico, com a dor que o acompanha, só é sustentável com o apoio e a orientação de uma parteira sábia e paciente que tenha realmente tempo para este processo.

Pode ler mais sobre as diversas funções da dor no trabalho de parto em Bionascimento

25 novembro, 2010

O trabalho de parto

As várias as etapas de um processo fisiológico onde tudo está, à partida, naturalmente programado.


Abrir caminho: a dilatação

No fundo, é disso que se trata quando se fala de dilatação. Abrir caminho, ainda que seja o estritamente necessário, para a passagem do bebé do interior do útero para a vida cá fora. Esta primeira fase do trabalho de parto tem uma duração muito variável, mas levará sempre algumas horas. Cada mulher é única e cada parto também é único, portanto, nunca se sabe se a hora vai ser pequenina. Nesta fase, dá-se o encurtamento e apagamento do colo do útero, por força das contracções. Este é medido, a cada toque feito pelo médico ou enfermeira-parteira, em dedos até chegar aos 10 dedos, ou seja, 10 cm.

No início desta fase activa do trabalho de parto, as contracções têm intervalos regulares cuja duração é variável - podem ter dez ou cinco minutos e durar 30 a 40 segundos. No início são fracas e espaçadas e à medida que a dilatação progride tornam-se mais intensas e frequentes. Começam por ser apenas sentidas como o endurecimento da barriga durante alguns segundos, mas essa sensação começa a ser acompanhada de alguma dor.

Pelo meio, as contracções passam a ser de três em três ou de dois em dois minutos e podem durar 60 a 90 segundos. Deve aproveitar o intervalo entre as contracções para descansar, respirar fundo, falar com o seu bebé. Durante a contracção, deve relaxar o mais possível. Imaginá-la como uma onda ajuda a suportar a dor: imaginá-la a subir quando a dor está a aumentar, sentir o seu pico e pensar que logo vai começar a decrescer.
A bolsa de águas pode ou não ter rompido, pois este não é um acontecimento que ocorra, em todos os casos, na mesma altura do trabalho de parto. Pode acontecer ainda antes do início das contracções, acontecer a meio da dilatação ou imediatamente antes da expulsão.

Dar à luz: a expulsão

Estando a dilatação toda feita, saiba que a parte mais demorada está completa. Agora, tudo se passará rapidamente. Vai sentir uma vontade imensa de fazer força.

 Nessa altura a dor é forte na zona do períneo e vagina. Há quem lhe chame anel de fogo, pois pode provocar uma sensação de ardor, mas permite sentir o momento certo para fazer força. Se a dilatação foi feita de forma natural, a sua lenta progressão deverá ter dado ao períneo tempo para se distender lentamente e, nesse caso, não será preciso cortar (episiotomia).
Se houver um pequeno rasgão será superficial e cicatrizará com mais facilidade do que uma episiotomia.

Duas ou três contracções bem fortes são, normalmente, suficientes para ajudar a mãe a pôr o bebé cá fora. Quando a cabeça - a parte mais difícil - passa pela vulva a dor atinge o seu auge, mas é uma questão de segundos até à vitória final.

Apesar de o termo não ser feliz - como se o bebé fosse expulso e não dado à luz - a expulsão tem de bom o facto de permitir à mãe o maior alívio e felicidade da história da humanidade.

Placenta: a dequitadura

A seguir é preciso fazer também a expulsão da placenta, um processo que se designa por dequitadura. Em alguns casos, tudo acontece sem qualquer dor, logo após a saída do bebé, com mais algumas contracções que a mãe nem percebe, maravilhada que está na contemplação do recém-nascido.

Outras vezes, porém, a placenta resiste e é preciso obrigá-la a sair. A equipa médica terá de assegurar-se que não fica nem um pedacinho de placenta no útero. Para isso, este orgão que assegurou a vida in utero do bebé, é analisado minuciosamente.

Fonte: IOL Mãe

7 métodos naturais para dar início ao trabalho de parto

1. Preparar-se emocionalmente
Estar preparada emocionalmente para a chegada do bebé é um pressuposto essencial para que o parto se inicie.
A enfermeira Lúcia Leite afirma que «a preparação para o parto se faz na cabeça e no coração». Por vezes, são bloqueios emocionais que estão a impedir o trabalho de parto. Converse com alguém da sua confiança. Abra-se e verá que tudo correrá bem.
 
2. Plantas medicinais
Chás de gengibre, cravo e canela podem ajudar a desencadear o parto. Além disso, são deliciosos.

3.Acupuntura
Há certos pontos do organismo que quando pressionados desencadeiam contracções uterinas. Tal como pode ajudar no desenrolar do parto, a acupunctura pode ajudar a iniciar o processo. Mas só deve ser feita por um profissional experiente e credenciado.

4.Banho quente
O efeito da água quente está estudado: promove o relaxamento dos músculos, a circulação sanguínea, a descontracção. Portanto, pode ajudar no desencadear do parto. Se estiver com contracções irregulares, as «falsas partidas», experimente um duche quente e demorado. Pode ser o suficiente para as contracções se tornarem mais fortes e regulares.

5.Comida picante
É uma boa altura para ir a um restaurante indiano ou tailandês. Abuse do picante. Estes temperos são tradicionalmente conhecidos pelo seu poder de desencadear o parto. Acredita-se que a pimenta e outras substâncias picantes podem aumentar a produção de endorfinas (presentes quando o corpo está relaxado, dão bem-estar). Apesar de não haver estudos científicos a prová-lo, é um método inócuo, sobretudo se for fã deste tipo de pratos.

6.Caminhar
É um dos conselhos dados por todos os médicos na fase final da gravidez: «Ande muito» Estar em posição vertical e caminhar pode ajudar o bebé a descer mais um pouco. Mesmo com o trabalho de parto iniciado, convém caminhar, manter-se na vertical, podendo pôr-se de cócoras na altura das contrações.
Aproveite para dar grandes passeios. Se estiver cansada, descanse um pouco e depois recomece. Vá bebendo água. E conversando com o seu bebé.

7. Sexo
A actividade sexual pode fazer desencadear o parto. Por um lado, o esperma contém prostaglandinas, que amolecem a cérvix e promovem o apagamento do colo do útero. Mas só poderá ter algum efeito se o colo do útero estiver já em processo de amadurecimento.
Por outro lado, o orgasmo feminino também pode desencadear do parto, pela grande libertação de ocitocina, uma das hormonas envolvida no parto.
A estimulação dos mamilos conduz ígualmente à produção de ocitocina e às contracções. Pode usar este método sozinha ou acompanhada, no contexto da actividade sexual ou não.

Fonte: IOL Mãe