Mágico...
puro instinto presente em todos os bebés, basta darem-lhes o tempo e o espaço necessário...
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23 março, 2013
16 março, 2013
A episiotomia é um ritual de mutilação genital aceite na nossa sociedade!
Episiotomia é o corte da vagina para o bebé nascer mais rapidamente. É feita muitas vezes por rotina, e a maioria das mulheres acha que é um procedimento útil. É o único acto cirúrgico possível de fazer no nosso corpo sem o nosso consentimento. Foi introduzida na obstetrícia SEM FUNDAMENTO cientifico ! Não existe um único estudo médico que conclua que é melhor cortar que rasgar!!
A verdade é que a vagina é um símbolo sexualmente poderoso e criativo na mulher logo é vista como ameaçadora pelos homens. Se estiver cortada perde o seu poder, e mais que isso, prova-se que é defeituosa e não consegue cumprir o propósito num parto - o nascer do bebé. Todo o corpo humano é retratado pela medicina como uma máquina defeituosa. A vagina é a rainha dos defeitos! Os defensores da episiotomia de rotina afirmam que protege a parturiente pois acreditam que o corpo feminino tem um defeito - uma vagina que não se adapta à passagem do bebé!
É uma verdadeira tentativa cultural de utilizar o nascimento para demonstrar a superioridade e controle do Masculino sobre o Feminino, da Tecnologia sobre a Natureza'. Através da única intervenção cirúrgica possível de fazer no nosso corpo sem o nosso consentimento, a vagina é mutilada pelo médico, o praticante do ritual e representante da sociedade, para ser então reconstruída culturalmente - pelo médico ;)
Mas a grande verdade é que a episiotomia é útil para a obstetrícia. Ao transformar o nascimento num procedimento cirúrgico de rotina, legitima-se a obstetrícia enquanto acto médico, usando uma das formas mais elaboradas de manipulação do corpo - a cirurgia.

Fonte: Parir em Paz
A verdade é que a vagina é um símbolo sexualmente poderoso e criativo na mulher logo é vista como ameaçadora pelos homens. Se estiver cortada perde o seu poder, e mais que isso, prova-se que é defeituosa e não consegue cumprir o propósito num parto - o nascer do bebé. Todo o corpo humano é retratado pela medicina como uma máquina defeituosa. A vagina é a rainha dos defeitos! Os defensores da episiotomia de rotina afirmam que protege a parturiente pois acreditam que o corpo feminino tem um defeito - uma vagina que não se adapta à passagem do bebé!
É uma verdadeira tentativa cultural de utilizar o nascimento para demonstrar a superioridade e controle do Masculino sobre o Feminino, da Tecnologia sobre a Natureza'. Através da única intervenção cirúrgica possível de fazer no nosso corpo sem o nosso consentimento, a vagina é mutilada pelo médico, o praticante do ritual e representante da sociedade, para ser então reconstruída culturalmente - pelo médico ;)
Mas a grande verdade é que a episiotomia é útil para a obstetrícia. Ao transformar o nascimento num procedimento cirúrgico de rotina, legitima-se a obstetrícia enquanto acto médico, usando uma das formas mais elaboradas de manipulação do corpo - a cirurgia.

Fonte: Parir em Paz
13 março, 2013
07 março, 2013
01 dezembro, 2010
O sentido e as funções do trabalho de parto
O parto fisiológico está directamente ligado com a experiência de dor. O nosso medo da dor e o desaparecimento do parto fisiológico estão relacionados com o nosso estilo de vida. Um ritmo frenético, a pressão para ser eficiente, a competição, a procura pelo sucesso, a necessidade de gratificação imediata, a recusa de sofrer: todos estes factores deixam pouco espaço para ouvir, sentir e assumir uma atitude pró-activa diante de dificuldades.
O rápido desenvolvimento da tecnologia criou uma ilusão de bem-estar e segurança, favorecendo a eliminação do perigo, enfraquecendo a nossa capacidade de adaptação às circunstâncias. Temos rejeitado a importância das relações humanas, esquecendo que as nossas relações com os outros determinam o estado da nossa própria saúde. Como sociedade, já não temos a capacidade de promover uma boa saúde e pouca mais temos para curar doenças. O que podemos fazer é, antes, avaliar os danos através de sofisticados processos de diagnóstico (Tew, 1998).
As parteiras italianas estão a atravessar uma crise. A taxa de cesarianas aumentou de forma dramática, dando a Itália a segunda maior taxa do mundo e a maior na Europa. Não bastando, a mortalidade e, principalmente, a morbilidade materna e neonatal também aumentaram. O advento da tecnologia no parto não apresentou nenhuma melhora significativa nas taxas de mortalidade perinatal e, se alguma coisa tem diminuído, é a qualidade do vínculo mãe-bebé, produzindo um impacto negativo sobre a vida e saúde do bebé (Tew 1998, Beech 2000, Wagner 2001, Relier 1993). O aparecimento nos últimos anos de um número sem precedentes de problemas relacionados com crianças de todas as idades deve estimular a reflexão sobre este fenómeno.
A analgesia natural e farmacológica expressam as duas polaridades na arte de partejar de hoje: a tensão entre o uso da tecnologia e a activação de recursos endógenos das mulheres, entre o poder e a impotência.
(...)
A dor no parto é um elemento frequentemente indesejado, mas fundamental para o trabalho de parto fisiológico. Na verdade, a dor activa na mulher os seus próprios recursos, tornando-a mais forte, enquanto a prepara para o vínculo com o seu bebé. A dor é fundamental na promoção da saúde. A sua eliminação gera complicações consideráveis. Acima de tudo, a eliminação da dor inibe a mulher do seu poder reactivo, tornando-a mais fraca. Além disso, sem a dor, a mulher perde a hipótese de uma importante experiência de auto-descoberta. O conhecimento da obstetricia deveria reconsiderar estes factores e ponderar se não valeria a pena trabalhar mais intensamente sobre estes temas antes do parto, investindo mais na analgesia natural e, portanto, na figura da parteira.
Certamente que o parto fisiológico, com a dor que o acompanha, só é sustentável com o apoio e a orientação de uma parteira sábia e paciente que tenha realmente tempo para este processo.
Pode ler mais sobre as diversas funções da dor no trabalho de parto em Bionascimento
O rápido desenvolvimento da tecnologia criou uma ilusão de bem-estar e segurança, favorecendo a eliminação do perigo, enfraquecendo a nossa capacidade de adaptação às circunstâncias. Temos rejeitado a importância das relações humanas, esquecendo que as nossas relações com os outros determinam o estado da nossa própria saúde. Como sociedade, já não temos a capacidade de promover uma boa saúde e pouca mais temos para curar doenças. O que podemos fazer é, antes, avaliar os danos através de sofisticados processos de diagnóstico (Tew, 1998).
As parteiras italianas estão a atravessar uma crise. A taxa de cesarianas aumentou de forma dramática, dando a Itália a segunda maior taxa do mundo e a maior na Europa. Não bastando, a mortalidade e, principalmente, a morbilidade materna e neonatal também aumentaram. O advento da tecnologia no parto não apresentou nenhuma melhora significativa nas taxas de mortalidade perinatal e, se alguma coisa tem diminuído, é a qualidade do vínculo mãe-bebé, produzindo um impacto negativo sobre a vida e saúde do bebé (Tew 1998, Beech 2000, Wagner 2001, Relier 1993). O aparecimento nos últimos anos de um número sem precedentes de problemas relacionados com crianças de todas as idades deve estimular a reflexão sobre este fenómeno.
A analgesia natural e farmacológica expressam as duas polaridades na arte de partejar de hoje: a tensão entre o uso da tecnologia e a activação de recursos endógenos das mulheres, entre o poder e a impotência.
(...)
A dor no parto é um elemento frequentemente indesejado, mas fundamental para o trabalho de parto fisiológico. Na verdade, a dor activa na mulher os seus próprios recursos, tornando-a mais forte, enquanto a prepara para o vínculo com o seu bebé. A dor é fundamental na promoção da saúde. A sua eliminação gera complicações consideráveis. Acima de tudo, a eliminação da dor inibe a mulher do seu poder reactivo, tornando-a mais fraca. Além disso, sem a dor, a mulher perde a hipótese de uma importante experiência de auto-descoberta. O conhecimento da obstetricia deveria reconsiderar estes factores e ponderar se não valeria a pena trabalhar mais intensamente sobre estes temas antes do parto, investindo mais na analgesia natural e, portanto, na figura da parteira.
Certamente que o parto fisiológico, com a dor que o acompanha, só é sustentável com o apoio e a orientação de uma parteira sábia e paciente que tenha realmente tempo para este processo.
Pode ler mais sobre as diversas funções da dor no trabalho de parto em Bionascimento
25 novembro, 2010
O trabalho de parto
As várias as etapas de um processo fisiológico onde tudo está, à partida, naturalmente programado.
Abrir caminho: a dilatação
No fundo, é disso que se trata quando se fala de dilatação. Abrir caminho, ainda que seja o estritamente necessário, para a passagem do bebé do interior do útero para a vida cá fora. Esta primeira fase do trabalho de parto tem uma duração muito variável, mas levará sempre algumas horas. Cada mulher é única e cada parto também é único, portanto, nunca se sabe se a hora vai ser pequenina. Nesta fase, dá-se o encurtamento e apagamento do colo do útero, por força das contracções. Este é medido, a cada toque feito pelo médico ou enfermeira-parteira, em dedos até chegar aos 10 dedos, ou seja, 10 cm.
No início desta fase activa do trabalho de parto, as contracções têm intervalos regulares cuja duração é variável - podem ter dez ou cinco minutos e durar 30 a 40 segundos. No início são fracas e espaçadas e à medida que a dilatação progride tornam-se mais intensas e frequentes. Começam por ser apenas sentidas como o endurecimento da barriga durante alguns segundos, mas essa sensação começa a ser acompanhada de alguma dor.
Pelo meio, as contracções passam a ser de três em três ou de dois em dois minutos e podem durar 60 a 90 segundos. Deve aproveitar o intervalo entre as contracções para descansar, respirar fundo, falar com o seu bebé. Durante a contracção, deve relaxar o mais possível. Imaginá-la como uma onda ajuda a suportar a dor: imaginá-la a subir quando a dor está a aumentar, sentir o seu pico e pensar que logo vai começar a decrescer.
A bolsa de águas pode ou não ter rompido, pois este não é um acontecimento que ocorra, em todos os casos, na mesma altura do trabalho de parto. Pode acontecer ainda antes do início das contracções, acontecer a meio da dilatação ou imediatamente antes da expulsão.
Dar à luz: a expulsão
Estando a dilatação toda feita, saiba que a parte mais demorada está completa. Agora, tudo se passará rapidamente. Vai sentir uma vontade imensa de fazer força.
Nessa altura a dor é forte na zona do períneo e vagina. Há quem lhe chame anel de fogo, pois pode provocar uma sensação de ardor, mas permite sentir o momento certo para fazer força. Se a dilatação foi feita de forma natural, a sua lenta progressão deverá ter dado ao períneo tempo para se distender lentamente e, nesse caso, não será preciso cortar (episiotomia).
Se houver um pequeno rasgão será superficial e cicatrizará com mais facilidade do que uma episiotomia.
Duas ou três contracções bem fortes são, normalmente, suficientes para ajudar a mãe a pôr o bebé cá fora. Quando a cabeça - a parte mais difícil - passa pela vulva a dor atinge o seu auge, mas é uma questão de segundos até à vitória final.
Apesar de o termo não ser feliz - como se o bebé fosse expulso e não dado à luz - a expulsão tem de bom o facto de permitir à mãe o maior alívio e felicidade da história da humanidade.
Placenta: a dequitadura
A seguir é preciso fazer também a expulsão da placenta, um processo que se designa por dequitadura. Em alguns casos, tudo acontece sem qualquer dor, logo após a saída do bebé, com mais algumas contracções que a mãe nem percebe, maravilhada que está na contemplação do recém-nascido.
Outras vezes, porém, a placenta resiste e é preciso obrigá-la a sair. A equipa médica terá de assegurar-se que não fica nem um pedacinho de placenta no útero. Para isso, este orgão que assegurou a vida in utero do bebé, é analisado minuciosamente.
Fonte: IOL Mãe
Abrir caminho: a dilatação
No fundo, é disso que se trata quando se fala de dilatação. Abrir caminho, ainda que seja o estritamente necessário, para a passagem do bebé do interior do útero para a vida cá fora. Esta primeira fase do trabalho de parto tem uma duração muito variável, mas levará sempre algumas horas. Cada mulher é única e cada parto também é único, portanto, nunca se sabe se a hora vai ser pequenina. Nesta fase, dá-se o encurtamento e apagamento do colo do útero, por força das contracções. Este é medido, a cada toque feito pelo médico ou enfermeira-parteira, em dedos até chegar aos 10 dedos, ou seja, 10 cm.
No início desta fase activa do trabalho de parto, as contracções têm intervalos regulares cuja duração é variável - podem ter dez ou cinco minutos e durar 30 a 40 segundos. No início são fracas e espaçadas e à medida que a dilatação progride tornam-se mais intensas e frequentes. Começam por ser apenas sentidas como o endurecimento da barriga durante alguns segundos, mas essa sensação começa a ser acompanhada de alguma dor.
Pelo meio, as contracções passam a ser de três em três ou de dois em dois minutos e podem durar 60 a 90 segundos. Deve aproveitar o intervalo entre as contracções para descansar, respirar fundo, falar com o seu bebé. Durante a contracção, deve relaxar o mais possível. Imaginá-la como uma onda ajuda a suportar a dor: imaginá-la a subir quando a dor está a aumentar, sentir o seu pico e pensar que logo vai começar a decrescer.
A bolsa de águas pode ou não ter rompido, pois este não é um acontecimento que ocorra, em todos os casos, na mesma altura do trabalho de parto. Pode acontecer ainda antes do início das contracções, acontecer a meio da dilatação ou imediatamente antes da expulsão.
Dar à luz: a expulsão
Estando a dilatação toda feita, saiba que a parte mais demorada está completa. Agora, tudo se passará rapidamente. Vai sentir uma vontade imensa de fazer força.
Nessa altura a dor é forte na zona do períneo e vagina. Há quem lhe chame anel de fogo, pois pode provocar uma sensação de ardor, mas permite sentir o momento certo para fazer força. Se a dilatação foi feita de forma natural, a sua lenta progressão deverá ter dado ao períneo tempo para se distender lentamente e, nesse caso, não será preciso cortar (episiotomia).
Se houver um pequeno rasgão será superficial e cicatrizará com mais facilidade do que uma episiotomia.
Duas ou três contracções bem fortes são, normalmente, suficientes para ajudar a mãe a pôr o bebé cá fora. Quando a cabeça - a parte mais difícil - passa pela vulva a dor atinge o seu auge, mas é uma questão de segundos até à vitória final.
Apesar de o termo não ser feliz - como se o bebé fosse expulso e não dado à luz - a expulsão tem de bom o facto de permitir à mãe o maior alívio e felicidade da história da humanidade.
Placenta: a dequitadura
A seguir é preciso fazer também a expulsão da placenta, um processo que se designa por dequitadura. Em alguns casos, tudo acontece sem qualquer dor, logo após a saída do bebé, com mais algumas contracções que a mãe nem percebe, maravilhada que está na contemplação do recém-nascido.
Outras vezes, porém, a placenta resiste e é preciso obrigá-la a sair. A equipa médica terá de assegurar-se que não fica nem um pedacinho de placenta no útero. Para isso, este orgão que assegurou a vida in utero do bebé, é analisado minuciosamente.
Fonte: IOL Mãe
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