O tempo que as crianças passam em frente à televisão é quase sempre mal gasto, pois não lhes oferece oportunidades de desenvolvimento e crescimento (salvaguardando um ou outro programa criteriosamente selecionado, ou seja não mais de meia hora por dia). Ver televisão é uma actividade passiva e solitária, mesmo que estejam com outras crianças ao lado. E rouba-lhes tempo para outras actividades. Pense em tudo o que o seu filho não está a fazer nas horas que passa sentado em frente ao ecrã:
Não está a ser criativo
A criatividade de uma criança é ilimitada quando lhe é dada oportunidade e liberdade para se expressar. Essa expressão tem benefícios a muitos níveis, como o bem-estar emocional e o fortalecimento da auto-estima. A razão por que existem poucos adultos criativos é que a sua criatividade foi tolhida na infância por falta de liberdade para a exercitar ou por falta de oportunidade. A televisão rouba às crianças, todos os dias, oportunidades de serem criativas.
Não está a fazer perguntas
As crianças precisam de perguntar. É assim que constroem a imagem do mundo e se constroem. As perguntas são tão ou mais importantes do que as respostas. Ouça as perguntas do seu filho e responda-lhes com honestidade. Se não sabe, procure as respostas com ele.
Não está a desenvolver a linguagem
Só se desenvolve o domínio da linguagem, conversando, ouvindo histórias, lendo. Falar e ouvir são duas faces da mesma moeda que é essencial praticar para desenvolver a capacidade de comunicar que é muito mais do que saber falar ou dominar muito vocabulário.
Não está a tomar iniciativas
Vivendo num mundo em que todas as decisões são tomadas por outros e em que todo o tempo é estruturado pelos adultos, as crianças têm poucas oportunidades de desenvolver a capacidade de tomar iniciativas. Se o pouco tempo que têm realmente livre é gasto em frente à televisão, nunca terão essa capacidade.
Não está a desenvolver a motricidade fina
A coordenação entre os olhos e os dedos é fundamental em tarefas que exigem precisão como recortar, escrever, picotar, fazer trabalhos manuais. Há brincadeiras e tarefas que estimulam esta área e que podem fazer-se em casa: vestir e despir bonecas, aprender a apertar os atacadores (em vez de optar apenas por sapatos com fechos de velcro), fazer os desafios de livros de actividades próprios para a idade, decorar um bolo...
Não está a mexer-se
É conhecida a relação entre as horas de televisão e o aumento alarmante da incidência de obesidade. As crianças precisam de se mexer mais, de preferência ao ar livre. Mas dentro de casa também há alternativas: consolas que exigem movimento, fazer um jogo da macaca no corredor com fita adesiva, saltar à corda.
Não está a interagir com outras pessoas
As competências sociais são desenvolvidas na interacção. Dê oportunidades ao seu filho, fora da escola, de conviver com outras crianças. Convidar um amigo para brincar (proibido ficarem os dois a ver TV), ir ao parque infantil, à biblioteca...
Não está a desenvolver o sentido crítico
Quando os pais são selectivos em relação à programação televisiva estão a ensinar as crianças a desenvolver o seu próprio sentido crítico. Não queira ter um filho que não pensa pela sua cabeça. Mostre-lhe que devemos ter opiniões e não aceitar tudo o que nos mostram como dado adquirido. Isto é especialmente importante quando muito do tempo que passam em frente à televisão é gasto a ver publicidade.
Fonte: Iol Mãe
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