Recomendação de especialistas norte-americanos
Ter um parto vaginal depois de o último ter sido por cesariana é perfeitamente seguro e as mulheres deveriam ter essa opção, recomenda um painel de especialistas norte-americanos do National Institutes of Health (NIH).
"A ideia errada de que dar à luz por parto vaginal depois de uma cesariana não é aconselhável e o crescente número destas intervenções cirúrgicas nos últimos 15 anos levariam a crer que a repetição de uma cesariana seria preferível ao trabalho de parto", considerou, em comunicado enviado à imprensa, F. Gary Cunningham, presidente do painel de especialistas dos NIH e director do serviço de obstetrícia e ginecologia do Centro Médico Southwestern, da University of Texas, em Dallas, EUA.
Contudo, o especialista considera que as provas disponíveis sugerem um panorama muito diferente: “vale a pena considerar o trabalho de parto e ele até pode ser o indicado para muitas mulheres” cujo último parto tenha sido por cesariana.
Os especialistas citaram uma "rigorosa investigação" que demonstrou que a tentativa de ter um parto natural é bem sucedida em 75% dos casos e que as mulheres são menos propensas a morrer se lhes for permitido fazer trabalho de parto natural, mesmo que terminem por dar à luz por cesariana.
Alguns médicos temem que as incisões da primeira cesariana se abram durante a pressão das contracções, pondo em risco a mãe e o bebé. Contudo, referem os especialistas dos NIH, vários estudos indicam que a taxa de ruptura é inferior a 1%.
O Colégio de Obstetrícia e Ginecologia dos EUA não recomenda o parto vaginal a mulheres que tenham sido submetidas a três ou mais cesarianas.
A taxa de cesarianas tem aumentado nos países ocidentais. Portugal, por exemplo, é o segundo país da União Europeia com maior taxa de cesarianas. Em 2009, 35,3% dos nascimentos no país ocorreram através desta cirurgia.
Fonte: ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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