09 dezembro, 2010

Falta de leite materno pode estar ligado a tensão alta

Estudo acompanhou pessoas até aos 30 anos


Bebés alimentados com substâncias à base de laticínios apresentam, na vida adulta, uma tensão arterial mais alta do que bebés alimentados com leite materno.

O estudo britânico, publicado na revista «American Journal of Clinical Nutrition», vai ao encontro de vários outros nos quais se afirma que a substituição do leite materno pelo leite de vaca pode levar a problemas cardíacos na vida adulta.

A Academia Americana de Pediatras diz que as mães devem amamentar os filhos pelo menos até ao primeiro ano de vida, ou mais se possível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que dois anos é o prazo mínimo.

Bebés que recebem leite materno são mais saudáveis, possuem menos probabilidades de ficar obesos e podem apresentar um melhor funcionamento do cérebro, mostraram estudos. Os fabricantes de leite para crianças têm prestado atenção aos estudos científicos e tentam aproximar a fórmula dos seus produtos da composição do leite humano.

Mas, nos anos 70, essas fórmulas baseavam-se no leite de vaca, e a amamentação estava fora de moda em países como os EUA e a Grã-Bretanha.

A equipa liderada por Richard Martin, da Universidade de Bristol, acompanhou o desenvolvimento de bebés examinados entre 1972 e 1974. Agora, com cerca de 30 anos, essas pessoas podem ser divididas em dois grupos. Os que foram alimentados com a fórmula feita à base de leite de vaca ficaram mais altos, mas apresentam maior tensão arterial, descobriu a equipa de Martin.

A tensão alta pode provocar problemas cardíacos, tais como ataques no coração. Esse factor pode ter sido provocado pela alta concentração de sódio no leite de vaca, disseram os cientistas. Mas, outros factores também foram citados. «As mães da Grã-Bretanha que amamentaram contaram, provavelmente, com uma educação melhor e devem ter encorajado os seus filhos a adquirir hábitos alimentares mais saudáveis, ao contrário do que aconteceu com mães que não amamentaram».

Traduzido e adaptado por:
Paula Pedro Martins
Jornalista
MNI-Médicos Na Internet

Fonte: Alert

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