03 abril, 2010

Está com febre? Que bom!!!

 
— Salutogênese —
febre, definida como um aumento da temperatura do corpo acima de 37,2° C (medida axilar), é um
evento que acompanha boa parte das doenças inflamatórias, especialmente as infecções e, de modo mais freqüente, na infância. Nos dois extremos da vida, temos duas tendências opostas: na infância predominam as doenças inflamatórias febris, e, na idade senil as doenças escleróticas.
A febre na criança costuma trazer angústia aos pais, que sentem uma necessidade grande de baixá-la imediatamente, temendo possíveis conseqüências maléficas aos seus filhos. Isso está muito mais baseado em desinformação do que propriamente em conhecimento científico.
Quando entendemos a febre de um ponto de vista mais ampliado, nossa visão se modifica e também nossas atitudes diante desse fato. A febre sempre existiu, acompanhando diversas doenças, como mecanismo de defesa do organismo. Com o aumento da temperatura corpórea, nosso sistema imunológico tem a possibilidade de agir mais rápida e eficazmente.
A produção e a ativação de diversas substâncias e células de defesa
aumentam na febre, o que facilita a resolução da inflamação. Sabe-se, de longa data, que durante a febre o organismo humano consegue produzir mais anticorpos contra vírus e bactérias. O aumento de apenas 1º C na temperatura corpórea consegue diminuir duas vezes a multiplicação viral. No caso do resfriado, por exemplo, o vírus se reproduz muito bem a 35º C; já a 38º se reproduz pouco, e aos 40º não se reproduz. Portanto, o melhor remédio para o resfriado é a febre! E o pior remédio é o resfriamento – que pode acontecer após o uso de diversos antitérmicos.
Durante nosso desenvolvimento, passamos por crises que precedem períodos de mudanças. Assim é por volta dos 21 anos, quando buscamos nossa verdadeira identidade no mundo, ou dos 28 anos, quando nos questionamos profundamente acerca de nossos reais talentos. Na infância, de 0 a 7 anos de idade, o correspondente a essas “crises biográficas” são as doenças febris. O calor traz a possibilidade daquilo que nos é mais individual, chamado na Medicina Antroposófica de organização do Eu, de intervir na constituição orgânica.
   



   
 

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